O presidente do Sindicato Geral dos Servidores de Cuiabá, Jaime Metelo, alertou para a possibilidade de o movimento em busca de um novo Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para os servidores da Saúde ser utilizado como massa de manobra da gestão municipal para causar tumulto e justificar o descumprimento do acordo firmado entre a Prefeitura e os médicos.
Metelo afirma ser favorável à conquista dos médicos e teme que o movimento dos servidores tenha um ‘dedo’ do prefeito Wilson Santos (PSDB) e até mesmo do ainda secretário de Saúde, Luiz Soares, para “jogar as outras categorias contra os médicos”.
Entretanto, o presidente sindicalista concorda que os outros servidores também precisam ser valorizados. “Se a administração municipal tem interesse em resolver esse problema da desigualdade entre os servidores da Saúde, basta dar um aumento para as outras categorias na mesma proporção”, afirmou.
O movimento em prol da isonomia entre médicos e o restante dos servidores da Saúde anunciou na manhã desta quinta-feira (26) que os funcionários da secretaria estão em estado de greve, prontos para paralisar as atividades a qualquer momento. O ato foi acompanhado de perto pelo presidente sindicalista.
Dejanir Souza Soares, presidente do Sindicato dos Profissionais de Enfermagem e um dos coordenadores do movimento ‘pró-isonomia’, declarou diversas vezes em discurso aos companheiros que o movimento é apolítico. “Não temos viés político. Não estamos pedindo a permanência de ninguém. Estamos lutando pelos nossos direitos”, concluiu.