O cronograma de ações da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) instaurada na Câmara Municipal de Cuiabá para investigar denúncias de um suposto superfaturamento na gestão do presidente Deucimar Silva (PP) não foi finalizado. Apesar de ter sido criada há mais de 15 dias, os membros da Comissão solicitaram à Mesa Diretora que os documentos originais como notas fiscais fossem anexados aos autos para somente depois, dar continuidade as atividades.

Durante a primeira reunião “oficial” dos membros da CPI, realizada na tarde desta quarta-feira (2), ficou definido que após o recebimento dos documentos é que será elaborado o cronograma, inclusive as oitivas. O relatório final das investigações deverá ser entregue pelos parlamentares no prazo de 120 dias.

No entanto, o recesso parlamentar inicia no dia 15 de dezembro e retorna apenas em fevereiro. Nesse período, os trabalhos ficarão suspensos. “Não vamos atropelar o processo. Queremos dar a maior transparência possível e pretendemos realizar as oitivas antes do recesso”, declarou o presidente da CPI, Paulo Borges (PSDB), sem citar os nomes dos depoentes.

Na reunião ficou oficializada que o vereador Pop deixará a relatoria e permanecerá como membro titular. Quem assume como relator é o vereador Francisco Amorim, o Chico 2000 (PR).

As denúncias contra o presidente da Casa de Leis, Deucimar Silva, é por supostas compras superfaturadas de material gráfico feitas na empresa Intergraf Gráfica e Editora Ltda. De acordo com as informações dos veículos de comunicação, Deucimar autorizou o pagamento de R$ 62.296,25 à Intergraf Gráfica e Editora Ltda, com sede em Várzea Grande, pela confecção de cartões e certificados.