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Segunda-feira, 29 de abril de 2024

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PMDB se reúne para decidir se continua no governo Arruda no DF

O diretório do PMDB no Distrito Federal se reúne hoje à noite para avaliar a permanência do partido no governo de José Roberto Arruda (DEM-DF). Ele é suspeito de participar de um suposto esquema de pagamento de propina a políticos aliados.


A expectativa é que o PMDB siga outros partidos aliados --PV, PSDB, PSB, PPS-- e deixe o governo Arruda. No entanto, a decisão pode não sair hoje. Pode ficar para quarta-feira, quando a Executiva Nacional do PMDB se reúne para avaliar a questão.

A presidente interina do PMDB, Iris de Araújo (GO), vem defendendo a saída do governo do DF, mas a posição oficial será tomada pela Executiva.

A discussão ocorre depois de integrantes do PMDB terem sido citados em conversas como supostos participantes do esquema.

Integrantes da cúpula peemedebista são citados como beneficiários do mensalão do DEM em diálogo gravado por Durval Barbosa, o colaborador da Polícia Federal na Operação Caixa de Pandora, com o empresário Alcyr Collaço, flagrado em vídeo colocando dinheiro na cueca.

A Folha teve acesso ao vídeo no qual Collaço fala sobre uma suposta propina paga a caciques peemedebistas na Câmara: o presidente da Casa, Michel Temer (SP), o líder do partido na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), e os deputados federais Eduardo Cunha (RJ) e Tadeu Filipelli (DF).

Filipelli é presidente do PMDB no DF. Ele afirma que as denúncias de que a cúpula do partido teria recebido propina no esquema do mensalão do DEM têm como objetivo pressionar a legenda para tomar uma "decisão açodada" em relação ao governo Arruda. Filipelli, citado como um dos peemedebistas que teria recebido a suposta propina do esquema de corrupção, disse que o partido vai agir com 'serenidade' antes de tomar sua decisão.

O deputado negou qualquer envolvimento no mensalão do DEM e disse que não pretende "ouvir calado esse tipo de achaque". Cunha, também citado como um dos peemedebistas que teria recebido dinheiro do mensalão do DEM, disse que os diálogos que mencionam a cúpula do PMDB são "mentirosos".

Segundo o deputado, os diálogos expostos pela gravação 'são mentirosos e certamente escondem interesses políticos escusos" daqueles que "já saíram de mandatos pela porta dos fundos e buscam uma vingança sórdida por estarem longe do PMDB" --numa referência ao ex-governador do DF Joaquim Roriz (PSC).

O grupo chancelou a permanência de Filipelli no comando do PMDB-DF, forçando a saída de Roriz do partido em setembro. Roriz foi rifado com a aliança dos peemedebistas com o governador Arruda, o que gerou no PMDB a desconfiança de que o ex-governador esteja envolvido nas acusações.

Alves classificou de "incabíveis e despropositadas" as denúncias de que a cúpula do partido teria recebido propina no esquema do mensalão do DEM. Em nota, Alves disse que não mantém qualquer relação com Collaço, nem com Barbosa. Temer também negou as acusações e disse que a denúncia é reflexo da disputa política de 2010.
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