O senador Gilberto Goellner (DEM-MT) vai ser entrevistado hoje à tarde pela revista Veja por conta das denúncias feitas por ele, da Tribuna do Senado, a respeito de grave favorecimento em licitação, no programa Torcida Legal, para contratação de serviços de monitoramento e segurança nos estádios que receberão jogos do campeonato brasileiro nas séries A e B com vistas à Copa do Mundo de 2014.

Sem revelar os nomes das empresas suspeitas, o senador revelou ter informações de que um dos fornecedores que supostamente estaria sendo favorecido no processo de licitação tem origem na África do Sul, país sede dos jogos da Copa do Mundo de 2010. 

Antes de subir à tribuna na última semana, Goellner havia levado as denúncias ao Tribunal de Contas da União e ao Ministério Público Federal para que estes órgãos analisassem possíveis irregularidades no processo licitatório. A medida fez com que o Ministério do Esporte transferisse para o dia 15 de dezembro a abertura das propostas para escolha das empresas, anteriormente marcada para acontecer na segunda-feira, dia7.

Segundo Gilberto Goellner, o edital exclui empresas que não possuam patrimônio líquido inferior a R$ 8 milhões. Também, pelo edital, estão fora da disputa fornecedores que não tenham prestado serviços a empresas privadas no Brasil e no exterior. "Se a licitação se destina a estádios públicos, não seria coerente limitar empresas que já fizeram em estádios públicos. Há inequívoca tendência a direcionar a um único concorrente que atende ao severo critério do patriomônio líquido", salientou.

O senador alega que a maior parte dos estádios brasileiros são públicos e que os mesmos serviços feitos nestes estádios já foram executados naqueles de propriedade dos clubes brasileiros. "Várias empresas já fzeram obras em estádios públicos, inclusive com obras idênticas as realizadas em estádios privados. A verdade é que poucas têm experiência com estádios privados", questionou.