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Terça-feira, 07 de maio de 2024

Notícias | Política BR

Eleição racha PT-MG e candidato de Patrus pede intervenção da direção nacional do partido

A eleição para presidente estadual do PT-MG rachou o diretório local. Os dois candidatos --o deputado federal Reginaldo Lopes e o secretário nacional de comunicação do partido, Gleber Naime-- trocam acusações sobre supostas irregularidades no processo eleitoral. Após recursos apresentados pelas duas chapas, o processo de apuração foi suspenso ontem.


Hoje, a chapa de Naime enviou uma carta à Direção Nacional do PT pedindo que intervenha no diretório estadual. No documento, o grupo denuncia supostas irregularidades na apuração dos votos e diz que não reconhecerá o resultado do pleito --que apontava a liderança de Lopes.

"Considerando que estão quebradas as relações de confiança mútuas entre os dirigentes estaduais e que nem mesmo persiste um clima de urbanidade básico, para o tratamento de diferenças, informamos que nos afastamos, em caráter irreversível, do processo de apurações; e que não reconheceremos qualquer resultado proclamado por apoiadores de Reginaldo, useiros e vezeiros em se antecipar às apurações oficiais", diz a carta.

Procurado pela reportagem, Lopes não atendeu o celular para comentar as denúncias do outro grupo.

Lopes é apoiado pelo grupo do ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel. Já Naime é ligado ao grupo do ministro Patrus Ananias (Desenvolvimento Social). Os dois são defensores da candidatura própria ao governo de Minas.

Lopes já havia anunciado anteontem que estava reeleito, mesmo antes do fim da apuração. Por conta disso, a chapa de Naime entrou com recurso e disse descordar da antecipação do resultado. "Ainda faltavam 15 mil votos para serem apurados e, na minha apuração paralela, a disputa está voto a voto", disse ele ontem.

Já Lopes disse ontem que solicitou a suspensão da apuração "em nome da lisura" do processo eleitoral e para que não fiquem dúvidas sobre o resultado.

Em nota divulgada hoje, o grupo de Naime diz que os apoiadores de Lopes não apareceram hoje para retomar a apuração dos votos. "Diante destes fatos e de outros e em um ambiente de pressões e chantagens, os apoiadores da candidatura de Gleber Naime [...] decidiram solicitar que a Direção Nacional do PT assuma a coordenação dos trabalhos."

Na carta enviada à Direção Nacional do PT, o grupo de Naime cita uma série de possíveis irregularidades patrocinadas pelo grupo de Lopes, como o "esforço de forjar provas que deslegitimem o voto dado na candidatura Gleber Naime"; "provas testemunhais, circunstanciais e materiais de irregularidades comprovadas nos primeiros e segundo turnos", e o fato da "sala de apurações" estar trancada desde ontem.

O documento diz ainda que o grupo de Lopes usa a imprensa tucana para expor problemas internos do partido. "Considerando que temos tentado preservar a imagem do partido, quando o outro grupo, articuladamente com a imprensa tucana, despreza os mínimos cuidados para tratar internas, como questões internas."
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