Nesta quinta-feira pela manhã, o estádio Couto Pereira, do Coritiba, recebeu a visita do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Paraná (Crea-PR), da Polícia Militar, do Corpo de Bombeiros, da Vigilância Sanitária e da Federação Paranaense de Futebol, que iniciaram, na semana passada, as vistorias nos estádios que serão utilizados no Campeonato Paranaense.

No último domingo, torcedores e a polícia entraram em confronto no local depois do empate de 1 a 1 diante do Fluminense, resultado que derrubou a equipe paranaense para a Série B.

Enfurecidos com o rebaixamento, torcedores invadiram o campo, agrediram policiais e depredaram instalações. Segunda-feira, o estádio foi interditado pelo STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva).

A análise desta quinta apontou alguns problemas na parte do fosso do estádio, que não impediu que os torcedores pudessem invadir o gramado. O tamanho do espaço é de aproximadamente 3,25 m de largura e 2,65 m de altura. Uma das sugestões feita pela equipe de vistoria foi a instalação de cercas pontiagudas em frente das arquibancadas.

Outros problemas apontados foram nas cadeiras e nos sanitários, destruídos no último domingo. O relatório completo será divulgado pela FPF após o término das vistorias em todos os estádios. Os clubes terão até o dia 6 de janeiro para consertar os problemas apontados e poderem utilizar seus estádios no estadual.

O Coritiba deve ser julgado na terça-feira pelo STJD.

De acordo com o procurador-geral do órgão, Paulo Schmitt, o clube deverá ser denunciado em dois artigos: 211 (deixar de manter o local que tenha indicado para realização do evento com infraestrutura necessária a assegurar plena garantia e segurança para sua realização) prevê multa de até R$ 10 mil e interdição do estádio --o que já aconteceu-- e 213 (deixar de tomar providências capazes de prevenir ou reprimir desordens em sua praça de desportos), cuja punição é a perda de um a dez mandos de campo e ainda multa entre R$ 10 mil e R$ 200 mil.