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Terça-feira, 07 de maio de 2024

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Arruda diz que foi montada uma farsa para tirá-lo da disputa de 2010 porque era favorito

Ao anunciar nesta quinta-feira a sua decisão de se desfiliar do DEM, o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, atribuiu as acusações de participação em um suposto esquema de mensalão no DF à disputa política de 2010.


Arruda disse que, como líder nas primeiras pesquisas de intenções de voto à reeleição, seus adversários políticos decidiram montar um "triste espetáculo de cenas e imagens montadas com óbvias motivações políticas".

"A farsa montada foi o recurso usado pelos meus adversários para me tirar da disputa de 2010. Tudo porque as pesquisas eleitorais me davam ampla vantagem. As práticas políticas que marcam negativamente a vida brasileira, infelizmente, devo admitir, são herança que, agora vejo com clareza, não consegui extirpar completamente como gostaria e como era o meu dever", afirmou.

Abatido, ao lado do vice-governador do DF, Paulo Octavio, e da esposa, Flávia Peres Arruda, o governador leu um pronunciamento de cerca de cinco minutos no qual anuncia a sua desfiliação do DEM. O democrata classificou de "armadilha" as acusações do seu envolvimento no suposto mensalão do DEM por ter contrariado "interesses pessoais, políticos e empresariais" que estariam se voltando atualmente contra os seus aliados.

"Fatos ocorridos há mais de três anos, ainda no governo anterior, f oram embaralhados para incutir na opinião pública a impressão de que tudo se passa no tempo presente", disse Arruda em referência às imagens que aparece supostamente recebendo dinheiro do esquema de corrupção.

O governo insistiu que as imagens foram realizadas durante a campanha eleitoral de 2006, período em que ainda não estava no governo do DF. Arruda disse que, ao se desfiliar do DEM, terá como prioridade finalizar o seu governo para a conclusão do seu trabalho.

"Tenho, neste momento, a chance de começar por uma completa apuração dos fatos e pela missão de governar Brasília desinteressado de qualquer tipo de resultado eleitoral", afirmou.

O governador listou uma série de ações feitas durante os seus três anos de governo. Arruda disse que Brasília "voltou para o caminho do crescimento organizado", por isso não pode "permitir que essas conquistas sejam postas a perder, que a administração pública seja paralisada e a população do DF seja prejudicada."

Arruda disse que tem a "responsabilidade e o dever" de preparar Brasília para a Copa de 2014, assim como para as comemoração dos 50 anos da capital federal em 2010. O democrata disse que, além de não disputar as eleições de 2010, está disposto a desistir da vida pública se não houver mudanças nas regras eleitorais do país.

"Quero dedicar-me inteiramente à tarefa de cumprir, como governador, todos os compromissos e metas assumidos no programa de governo. Como cidadão, vou lutar pela mudança definitiva de certos usos e costumes da política brasileira. Com as atuais regras eleitorais, não disputarei mais nenhuma eleição."

Constrangimento

Arruda disse que a sua decisão de deixar o DEM poupa os colegas de partido de "constrangimentos" no que diz respeito à sua expulsão. O governador disse que o seu gesto também evita o "constrangimento de uma discussão judicial de mérito para permanecer na legenda".

"Evito ainda o constrangimento dos meus amigos que lamentam o surgimento de tão graves suspeições porque reconhecem os resultados de uma gestão que está construindo uma Brasília melhor."

Arruda disse que, afastado do DEM, vai dedicar-se às questões administrativas do governo, "livre" para fazer suas opções. "Sem o clima emocional que marca este momento, quero me dedicar inteiramente a trabalhar por Brasília, defender a minha honra e o mandato de governador que me foi outorgado pela vontade popular."
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