A Organização das Nações Unidas (ONG) apresentou uma página na web destinada à melhorar a transparências sobre as acusações de abusos sexuais contra membros de suas missões. A web registra o número de supostas ofensas do pessoal da ONU nos últimos três anos, coletados de missões políticas e de paz em todo o mundo.

Além disso, oferece um registro de quantas acusações puderam ser comprovadas e quais medidas disciplinares serão tomadas. "É um primeiro passo e um trabalho em progresso", disse o porta-voz da ONU Martin Nesirky. O site, operado pela unidade de conduta e disciplina da organizaçãomundial, é o último esforço para abordar a falta de ética de alguns membros da ONU no que se refere a sexo.

Líderes da ONU pediram reformas depois que a missão Monuc, na República Democrática do Congo, foi iniciada em 2004. Soldados da paz da ONU foram acusados de pagar por sexo a menores de idade.

Poucas acusações foram comprovadas, mas confirmações de má conduta exigiram ações mais transparentes e de cumprimento da lei. Em um dos casos, uma menina de 14 anos disse que havia recebido dois ovos em troca de relações sexuais com um soldado.

Este ano, a Monuc bateu recorde de acusações de delitos sexuais, com um número que chegou a 40. A missão na Libéria, conhecida como Unmil, também recebeu muitas queixas, com mais de 15 acusações.