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Segunda-feira, 29 de abril de 2024

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Viradouro vai cantar o México de Rivera a Chaves na Sapucaí

De um bate-papo sobre gripe suína até a escolha do México como tema de enredo foi um pulo para o carnavalesco da Viradouro, Junior Schall, que este ano aposta no país palco do tricampeonato brasileiro. A escola vai levar para a Sapucaí de Diego Rivera e Frida Kahlo aos atrapalhados Chaves e Chapolin, sem esquecer o minúsculo cachorrinho chihuahua e os piratas do Caribe.


A riqueza do México atraiu Schall, que percebeu no país mais semelhanças com o Brasil do que muitos dos seus vizinhos de América do Sul, citando a paixão em comum por festas, televisão, novelas, futebol, religião e cores fortes, além de ser um possível chamariz para patrocínios.

"Pensamos em outros países, mas quando observei a história fabulosa do México e as semelhanças com o Brasil ficamos cegos para outros temas", afirmou Schall.

Não fosse a demora para o governo do Estado do Rio de Janeiro decidir pela permanência da Liga Independente das Escolas de Samba do Rio (Liesa) no comando do Carnaval, o governo mexicano ou empresas daquele país poderiam ter investido mais na festa, admitiu o carnavalesco.

"A verdade é que não deu tempo. Ia ter licitação para substituir a Liesa e acabaram não fazendo. Se tivesse um tempo maior poderia ter conseguido", explicou Schall, que prevê a possibilidade de eventos pós-Carnaval, no Brasil e no México.

"Estamos procurando parceria, mas que sejam boas para os dois lados", afirmou Shall.

Por enquanto a Viradouro está preparando a sua festa com os 3,5 milhões de reais que recebeu da Liesa e o apoio do grupo mexicano Posadas, dono do hotel Caesar Park, que não aplicou recursos mas vem realizando feijoadas aos finais de semana, no hotel ou na quadra da escola, com objetivo de arrecadar dinheiro para o desfile.

A concepção do tema já recebeu a bênção do governo do México, segundo Schall. Representantes da embaixada e do consulado têm feito visitas frequentes ao barracão da escola nascida em Niterói e dona de apenas um campeonato, em 1997.

"Eles estão gostando do que estão vendo, nós vamos mostrar a visão que o brasileiro tem do México, como somos parecidos e como a gente gosta deles", disse Schall, contando que enfrentou uma verdadeira revolta no barracão e entre amigos ao dizer inicialmente que o desfile não teria nem Chaves nem Chapolin. "Ia ser uma surpresa", justificou.

"Nunca imaginei que eles fossem tão amados, assim como os chihuahuas, muita gente gosta desses cachorrinhos", afirmou o carnavalesco, que planeja uma ala inteira de crianças carregando os seus animais de estimação da raça originada no México e nem sempre tão amada assim.

Além dos personagens de tevê, a escola terá uma bateria formada por piratas, ao melhor estilo "capitão Jack Sparrow", personagem de Jonh Deep em Piratas do Caribe.
"Até a festa de finados para eles é dia de festa, é o renascimento, e vamos trazer isso também para a avenida", disse, já antevendo caveiras sambando pelo sambódromo.

E para fechar tudo, ao melhor estilo latino-americano, a Viradouro vai representar no último carro a fé do México em Nossa Senhora do Guadalupe, o correspondentes a "nossa" Nossa Senhora da Aparecida.

"Mas sem imagens, para não criar polêmica com a Igreja", adiantou Schall, que pretende deixar para trás os últimos desfiles da escola, que não conseguiram nem chegar ao Desfile das Campeãs.
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