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Segunda-feira, 13 de maio de 2024

Notícias | Brasil

Corpo não identificado pode ser de vítima desaparecida em Angra, diz IML

O corpo de Alessandra Carvalho, de 11 anos, que tem sido procurado no Morro da Carioca, em Angra dos Reis, no litoral Sul Fluminense, já pode ter sido retirado dos escombros há dias. As informações são do Instituto Médico Legal (IML). Segundo o IML, o cadáver ainda não foi identificado.


Um exame de DNA vai ser feito para verificar se o corpo, que está no IML de Angra dos Reis, é mesmo de Alessandra. De acordo com o Instituto, ele teria sido um dos primeiros a serem recolhidos pelos bombeiros, mas não foi reconhecido pela família.

O pai da menina já deu entrada no pedido de exame, já que, até agora, o corpo de Alessandra não apareceu. A família acha que pode não ter conseguido reconhecer a menina por causa dos ferimentos. No Morro da Carioca, pelo menos 500 casas terão que ser derrubadas, segundo a Prefeitura.

Dezenas de pessoas morreram em Angra dos Reis, depois que deslizamentos atingiram Ilha Grande e o Morro da Carioca, na noite do réveillon. Na ilha, a Pousada Sankay foi soterrada. No morro, casas foram destruídas

As equipes dos bombeiros continuam as buscas pelos corpos de duas vítimas ainda desaparecidas. Além de Alessandra, os militares procuram pela moradora da Ilha Grande, Roseli Pedroso. A equipe de buscas da Ilha Grande ganhou reforço na Enseada do Bananal.

Corpos identificados

À medida que os corpos são reconhecidos, os nomes são divulgados pela prefeitura de Angra dos Reis e pelo Instituto Médico Legal do Rio.

Para informações sobre Angra, a Defesa Civil municipal disponibiliza os seguintes telefones: (24) 3377-7991 / 3777-7480.

Especialistas sobrevoam região

Professores da Coordenação de Programas de Pós-Graduação em Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ) sobrevoaram a região da Costa Verde e analisaram as encostas. O grupo apresentou propostas contra novas tragédias, e sugeriu mudanças do estilo da construção local.

“É possível construir em segurança, desde que faça o mapeamento de risco que vai delimitar as áreas que têm alto potencial de risco. E os lugares onde a praia é mais larga e mais extensa”, diz o professor Willy Lacerda.

Pela primeira vez, depois da tragédia causada pela chuva que matou mais de 50 pessoas na noite de réveillon, eles voltam a sobrevoar o Litoral Sul do estado, principalmente a área de Angra dos Reis, onde houve os desabamentos na noite do réveillon. No Morro da Carioca, dizem que foi a ocupação desordenada a grande culpada.

“O ideal é que essa área não fosse ocupada da maneira que está sendo ocupada, totalmente espontânea, sem qualquer estudo. Deveria se verificar as áreas possíveis de estabilização e as áreas que praticamente. O melhor seria deixar desocupadas”, sugere o professor Maurício Erlich.

A especialidade dessa experiente equipe de professores de pós-graduação da Coppe/UFRJ é justamente a recuperação de encostas. Isso é o que a Costa Verde do Rio mais precisa. Como preservar, ocupar, sem correr riscos.

Os professores percorrem a região da Enseada do Bananal. Na única área da Ilha Grande que continua interditada, há seis pousadas que não foram atingidas, mas que ainda estão proibidas de funcionar.

A chuva que atingiu Angra dos Reis, no litoral do Rio de Janeiro, nas últimas 12 horas do dia 31 de dezembro e nas primeiras 12 horas do dia 1º de janeiro foi o maior volume de água em 24 horas dos últimos dez anos, segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Foram 142,9 mm, o equivalente a um mês de chuva na região. Mais de 50 pessoas morreram nos deslizamentos.

O sobrevoo no continente, nas estradas como Rio-Santos e na Ilha Grande, principalmente, mostra um grande número de outros desabamentos. Eles só não causaram mais vítimas ainda porque foram em áreas desabitadas. Os professores explicam porque os morros são tão frágeis; há tantos deslizamentos assim. É que a evolução do solo ainda não acabou.

“O processo de formação é contínuo, embora a intensidade desse processo seja variável. Tivemos um período de maior atividade tectônica, ligado a esse processo de abertura do Atlântico que foi virando, gerando várias falhas que deram origem a serras da zona costeira e a esses sistemas de ilhas costeiras que vemos”, explica a professora do Instituto de Geociências da UFRJ, Ana Luiza Coelho Netto.
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