De 2008 para 2009 as mortes no trânsito de Cuiabá subiram de 47 para 100. Embora sem uma estatística confiável, o número de acidentes também dobrou de um ano para outro, segundo o secretário municipal de Trânsito e Transporte Urbano, Edivá Alves. O planejamento da pasta para 2010 é evitar que as estatísticas continuem subindo, e uma espécie de “fôlego” para cumprir as metas é a Copa de 2014. Para isso, defende mais investimentos.

“Espero que a Copa realmente seja uma oportunidade que Cuiabá tem de melhorar sua infraestrutura viária”, afirma Edivá. Outro ponto importante a ser cumprido neste ano, destacado pelo secretário, é um investimento maior em sinalização de trânsito.

Questionado sobre os motivos que levam a capital de Mato Grosso a ter um trânsito cada vez mais criticado por quem o utiliza, Edivá diz que Cuiabá tem um espaço muito pequeno para mobilidade. “A relação de área construída e pistas de rolamento é uma relação muito ingrata. E tudo isso é uma soma de fatos históricos”, explica.

O secretário teme que a situação tenda a piorar cada vez mais, já que o número de carros em circulação só aumenta a cada dia. “O carro se popularizou muito. Muita gente passou a andar de carro”, pontua.

Edivá acrescenta que os percalços vividos em Cuiabá não são peculiares, são problemas vivenciados em todas as maiores cidades do país. “É um excesso de aglomeração nas cidades, não só aqui. A solução que eu vejo é a construção de novas vias, que integrem, inclusive, as grandes avenidas. Temos que criar alternativas e dispersar o fluxo”, analisa.

Nesse sentido, a pasta já desenvolveu muitos projetos de revitalização e ampliação de avenidas antigas e alguns para criação de novas vias, de acordo com o secretário. “Mas esse trabalho necessitará deste e de outros governos. É um trabalho contínuo e não dá para fazer tudo de uma vez”, prevê.

Enquanto isso, os recursos para realização da Copa de 2014 continuam sendo aquilo que popularmente se chama “uma luz no fim do túnel”, clareando o trânsito de Cuiabá.