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Quarta-feira, 15 de maio de 2024

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'Meu filho honrou a farda', diz pai de soldado morto no Haiti

Foto: Arquivo pessoal

O soldado Tiago Anaya Detimermani, de Cachoeira Paulista, morto em terremoto no Haiti.

O soldado Tiago Anaya Detimermani, de Cachoeira Paulista, morto em terremoto no Haiti.

Ainda abalado pela perda do filho, morto durante o terremoto no Haiti, o motorista Wagner Carlos Detimermani, 49 anos, consegue ver sinais de heroísmo em sua morte. “A lembrança que vou guardar era do meu filho sempre sorrindo. Ele era bastante feliz. Quando se entra no Exército, é preciso honrar a farda. E ele fez isso”, disse Wagner, na tarde desta quarta-feira (13) , sobre a morte do filho, o soldado Tiago Anaya Detimermani, de 23 anos. O militar e a família moravam na cidade de Cachoeira Paulista, no Vale do Paraíba.



Tiago foi para o Haiti em julho e preparava-se para voltar ao Brasil no sábado (15). Terça-feira (12) era seu último dia de trabalho quando aconteceu o terremoto que destruiu o país. Tiago é um dos 11 militares brasileiros que, segundo o Exército, foram vítimas do terremoto de magnitude 7 que atingiu o Haiti na terça-feira (12). O Brasil comanda uma missão de paz da Organização das Nações Unidas naquele país. Outra morte de brasileiro confirmada é a da fundadora da Pastoral da Criança, a médica Zilda Arns.

O pai do soldado só tomou conhecimento do tremor de terra no Haiti na manhã desta quarta, quando oficiais do Exército em Lorena comunicaram à família sobre a morte de Tiago. A última vez que pai e filho se falaram foi no réveillon.

“Para onde eu olho parece que vejo ele chegando. Estávamos preparando uma comemoração para a volta dele... Dói, dói muito”, diz Wagner, trêmulo.

A irmã de Tiago, a dona de casa Graziela Anaya Detimermani, 25 anos, conta que a primeira informação que foi passada à família dava conta que Tiago havia machucado as pernas durante o tremor. Em seguida, o Exército comunicou que apesar de ter sido retirado com vida dos escombros, o soldado não resistiu aos ferimentos, enquanto seria levado para um hospital nos Estados Unidos.

“Ontem [terça-feira, 12] era o último dia de trabalho do meu irmão. Ele se emocionava muito todas as vezes que falava sobre a pobreza do Haiti”, conta Graziela. Segundo a irmã, a família ainda não foi informada sobre o translado do corpo para o Brasil.
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