O assassinato de Arkybaldo Junqueira, presidente do Partido Republicano Progressista (PRP), que completa três meses nesta sexta-feira (22), continua sem solução mesmo depois que um suspeito foi detido ao ser apontado como o assassino por uma testemunha. Isso porque ela resolveu "tirar o corpo fora" na hora de reconhecer o suposto assassino pessoalmente.
“A testemunha nos deu 90% de que era ela, mas pessoalmente não o reconheceu”, informou a delegada Silvia Pauluzi por telefone ao
Olhar Direto. Segundo ela, a pessoa indicou o suspeito, porém recuou ao fazer o reconhecimento pessoalmente. “Talvez por medo ou por algum outro motivo, mas ela tirou o corpo fora”, acrescentou.
Dessa forma o suspeito do crime foi liberado. O autor do crime continua uma incógnita e os motivos da execução também. Arkybaldo foi executado com vários tiros nas costas em frente da Mille Huma Comércio e Indústria Ltda, empresa de distribuição de medicamentos hospitalares e químicos, no Bairro Poção, quando ia abri-la, aproximadamente às 7h do dia 22 de outubro de 2009.
O empreendimento era o único distribuidor de cloro gasoso em Mato Grosso e abastecia a Companhia de Saneamento da Capital (Sanecap) após denunciar uma empresa que fornecia o produto a preços superfaturados à empresa. O presidente do PRP fornecia o produto pela metade do preço cobrado anteriormente.
Além disso, seis dias antes de ser assassinado, Arkybaldo deu uma entrevista ao
Olhar Direto, na qual defendia a expulsão da vereadora de Colíder Regiane Rodrigues de Freitas do PRP. Ela foi presa na operação Tribuna do Pó, desencadeada pela Polícia Judiciária Civil em 15 de outubro de 2009.