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Segunda-feira, 29 de abril de 2024

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Oficinas se especializam em atender carros alagados em SP

Foto: Reprodução

Oficinas se especializam em atender carros alagados em SP
As fortes chuvas que castigam São Paulo desde o primeiro dia do ano causam transtornos à população e, principalmente, aos motoristas, mas criam um nicho de mercado para prestadores de serviço como mecânicos, lava-rápidos e especialistas em sistemas eletrônicos de veículos.


Cada vez mais, faz parte da propaganda destas oficinas a oferta de um serviço especializado: o de recuperação de carros que foram atingidos por alagamentos. A demanda por este tipo de serviço tem aumentado em 2010.

O empresário Edgar de Toledo, de 43 anos, tem oficinas de mecânica e funilaria no Imirim, na Zona Norte de São Paulo, e nas avenidas Rebouças e Consolação, na região da Paulista. Nestas duas, ele decidiu estender faixas, anunciando o serviço de recuperação de carros alagados.

“Eu já prestava este serviço há cinco anos na oficina do Imirim, que tem um espaço maior para receber os carros. Coloquei a faixa na semana com o aumento das chuvas”, disse. Segundo ele, a procura por este tipo de serviço aumentou cerca de 30% em 2010. “No ano passado, recebemos uns nove, dez carros. Só neste período de chuvas já foram 14 carros. E a tendência é aumentar um pouco mais, à medida em que vão conhecendo o serviço. Um fala para o outro e ajuda na divulgação”, afirmou Toledo.

Em suas oficinas, o serviço abrange a parte de tapeçaria, mecânica, elétrica e eletrônica. “Fazemos a parte de limpeza tanto no motor quanto nas partes eletrônicas. Mas qualquer dano mais grave é preciso levar para um especialista. Se o motorista tentou ligar o motor com água dentro dele, os danos são grandes e é preciso levar para uma retífica”, explicou.

Ao prestar este tipo de serviço, o mais importante é saber elaborar o orçamento para poder convencer o cliente. “O preço da mão de obra é fixa, mas tem o custo das peças. Você precisa desmontar tudo, trocar o que for preciso. Por isso, o orçamento tem de ser bem elaborado”, disse.

Na Vila Olímpia, por exemplo, um estabelecimento que funciona como lava-rápido na maior parte do ano vira um centro de recuperação de veículos que ficaram presos em alagamentos nesta época do ano. No lava-rápido, a limpeza é só da tapeçaria.

Até a segunda-feira (18), o empresário Roberto Forestieri, de 52 anos, dono do lava-rápido, havia sido procurado por 78 motoristas interessados no serviço. Em todo o mês de janeiro em 2009, foram 81 consultas. “Como as chuvas devem continuar, creio que vamos superar esse número de consultas”, disse. Ao menos 30 carros alagados já passaram pelo lava-rápido, quase dois por dia, neste mês.

Um oficina mecânica no Morumbi, na Zona Sul de São Paulo, por sua vez, se especializou em recuperar módulos eletrônicos de carros alagados. Esses módulos eletrônicos "gerenciam" sistemas importantes do carro, como câmbio automático e travas elétricas das portas.

Em média, neste período do ano, são ao menos 20 motoristas que contratam o serviço de recuperação. Ao menos, por enquanto, a média vem se mantendo em 2010. “Eu faço o serviço mais complicado. É uma vantagem grande para o cliente que não tem seguro recuperar este módulo. Dependendo do carro, tem módulo que custa R$ 20 mil. E se estragar dois ou três módulos, o seguro pode dar perda total”, disse o empresário Rubens Nogueira Venosa, de 53 anos.
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