A indefinição sobre o futuro político da cidade de Ribeirão Cascalheira (960 km de Cuiabá), no Vale do Araguaia, é um dos assuntos em pauta na primeira sessão do legislativo da cidade marcada para dia 8 de fevereiro, conforme anunciou o presidente interino da Câmara Municipal, vereador João Marcos, conhecido como Jandaiá (PSDC).
Segundo o parlamentar, os vereadores estão decididos a reivindicar celeridade do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) sobre a situação do município que teve o prefeito eleito Francisco de Assis, o Diá (PT), cassado em março de 2009 e o presidente da Câmara Municipal, vereador Daniel Correia Beraldo (PDT) foi empossado interinamente no cargo de prefeito.
Segundo Jandaia, existe um movimento dentro da cidade pedindo a retirada do prefeito interino, todavia esse levante ainda não chegou na Câmara Municipal. “Não existe pedido de afastamento dele, mas queremos algumas explicações sobre o abandono das ruas e reclamações de comerciantes que não estariam recebendo da prefeitura”, explicou Jandaia.
O vereador Jandaia disse que os vídeos que estão rolando na internet sobre a cidade da reportagem da TV Vale, de Água Boa, cujos links foram divulgados no Olhar Direto, retratam um quadro de abandono no município. Ele informou que as ruas estão cheias de buracos abandonadas e o povo já enfrenta dificuldades na Saúde e Educação. Sobre a folha de pagamento, o vereador Jandaia disse que metade da folha de dezembro ainda não foi paga e os comerciantes estão reclamando de pagamento.
O prefeito interino, Daniel Correia Beraldo (PDT) explicou sobre as ruas esburacadas de que o período chuvoso estaria dificultando a recuperação da malha viária do município, mas de que estará corrigindo essa situação nos próximos dias. Ele espera que o maquinário que o governo do Estado repassará possa ajudar na manutenção das ruas.
Sobre as denuncias da sua administração, o prefeito Daniel acredita que tenham partido de adversários políticos porque há possibilidade do município ter uma nova eleição. Ele se mostrou também esperançoso de que seja efetivado na Prefeitura. “Tem várias interpretações de que haverá uma nova eleição e já me falaram até da possibilidade de eu ficar no cargo”, comentou.
O vereador-prefeito não esconde a pretensão de disputar uma eleição para concluir o mandato, caso seja essa a decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Já o grupo do prefeito cassado Diá não esconde que ainda sonha com uma reviravolta na situação e recondução ao cargo em Brasília junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
