O deputado federal, Carlos Abicalil (PT), afirmou neste sábado (6) que possui “melhores condições” de ampliar o arco do partido e de concorrer a uma vaga no Senado do que a senadora Serys Slhessarenko (PT). “Eu tenho a responsabilidade de ampliar o PT e acredito que tenho melhores condições do que ela (Serys)”, declarou Abicalil, durante solenidade de posse do Diretório Estadual, no Hotel Mato Grosso Palace, em Cuiabá, assumindo pela segunda vez o cargo de presidente.

Em síntese, o petista descarta a possibilidade de Serys disputar a reeleição e reafirma que não abre mão da pré-candidatura. Em entrevista à imprensa, Abicalil contou que se reuniu com a senadora, na última quinta-feira (4), com intituito de manifestar a disposição de concorrer ao Senado. “Tive uma conversa com ele que durou uma hora e meia sobre a disposição, que não é só minha, mas, sim, também dos companheiros do PT, em colocar o meu nome para o Senado”, declarou.

Carlos Abicalil foi reconduzido à presidência da Executiva do PT em Mato Grosso após uma vitória esmagadora sobre o grupo de Serys, em eleição ocorrida no final de 2009, fato que fortaleceu sua pretensão pela disputa a uma das vagas de senador que estarão em jogo nas eleições de outubro.

Por outro lado essa decisão abre forte precedente para um racha dentro do partido, sendo que a senadora chegou a declarar que poderá abrir mão da vida política se não disputar a reeleição.

Diante das declarações, Abicalil disse que sugeriu a senadora que dispute uma vaga na Câmara de Deputados. “Eu apelei para que ela refletisse quanto ao patrimônio acumulado no partido. A própria história dela, lhe concede uma grande oportunidade de aceitar ampliar o partido e tentar a Câmara dos Deputados”, observou ressaltando ainda que não poderá interferir em decisões pessoais.

Contudo, as correntes ligadas ao parlamentar federal não abrem mão de sua candidatura ao Senado. E como Abicalil controla o diretório regional, sua decisão deve ser referendada facilmente pela cúpula petista.

Questionado sobre o racha interno, Carlos Abicalil foi enfático. "Isso não existe. Serys continua no PT e eu também continuo no partido".