A incógnita sobre o nome do petista que vai disputar o Senado em Mato Grosso não é impeditivo para o deputado federal Carlos Abicalil discursar como pré-candidato ao cargo. Questionado sobre o impacto do anúncio de filiação do ex-procurador Pedro Taques ao PDT e sua potencial pré-candidatura a uma vaga de senador, Abicalil respondeu como adversário.

“A candidatura dele não é um dado novo. Ele [Taques] já vem falando disso há um e mesmo assim aparece na pesquisa de intenção de votos com 1%, 2%”, desdenhou o deputado. Em seguida, emendou, “o nome de Pedro Taques é proeminente. Mais proeminente até que o meu no estado, mesmo assim...”.

As declarações contrapõe o a resposta genérica da senadora Serys Slhessarenko, com quem disputa a indicação do partido para assumir a pré-candidatura ao Senado, e do atual governador Blairo Maggi (PR). Ambos, quando provocados com a mesma pergunta, conta parlamentar contiveram o discurso, falando apenas que "enquanto mais gente na disputa melhor".

A respeito do “clima” dentro do PT frente à intolerância dele e da senadora em recuar da candidatura ao Senado (fato que culminará na realização de prévias dentro do partido no próximo dia 18 para escolha do candidato petista para a disputa), Abicalil voltou a mostrar confiança em sua vitória, dizendo-se somente que as pesquisas estão lhe deixando “animado”.

A última pesquisa de intenção de votos, realizada pelo Vox Populi em Mato Grosso, entre os dias 7 e 10 de março, apontou o deputado como 3º colocado entre os candidatos ao cargo de senador.

Sem cogitar abrir mão da condição de pré-candidato, o deputado federal reafirmou que está convicto de que é o melhor candidato para o partido e assegurou que ainda nem chegou a pensar no que vai fazer caso não seja escolhido para a disputa.

"Um passo de cada vez. Ainda estou em um passo, não posso falar de um próximo", declarou, contrariando a fala de Serys, que por várias vezes disse publicamente que se não for escolhida no partido deixa a vida pública

Na opinião de Abicalil, a segunda rodada de conversação entre ele e a senadora deve ser concluída quando a pesquisa encomendada pelo próprio PT nacional, que inclui no questionário aplicado nos estados onde o nome ao Senado ainda está indefinido (Mato Grosso, Pernambuco e Rio de Janeiro) pergunta sobre preferência entre os dois hipotéticos pré-candidatos, for anunciada. A previsão é que isso ocorra nas próximas semanas.