Uma nova guerra vem sendo travada nos bastidores do Poder Judiciário de Mato Grosso e o clima é de tensão nos corredores do Tribunal de Justiça. Desta vez o estopim da nova batalha é uma falsa denúncia encaminhada ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) contra nove magistrados e um servidor do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT).
A denúncia foi protocolizada no CNJ e, apesar do teor ser supostamente grave, é literalmente falsa. O documento conta com uma assinatura falsificada de um membro do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), o advogado Vilson Neri.
Segundo informaram fontes ao
Olhar Direto, o autor da denúncia teria ido pessoalmente até o CNJ para protocolizar o documento, usando o nome de Neri, e poderá ser identificada pelo sistema de segurança do órgão, monitorado por câmeras.
A situação é tão grave que a Polícia Federal poderá abrir inquérito para apurar o caso e descobrir o responsável pela fraude.
Dentre os magistrados denunciados estão o desembargador Orlando Perri e o ex-desembargador Paulo Lessa, responsáveis pela denúncia que resultou na aposentadoria compulsória de três desembargadores e sete juízes de Mato Grosso, acusados de desviar R$ 1,3 milhão do TJMT para ajudar membros da loja maçônica Grande Oriente.
Os magistrados ainda podem perder o direito às aposentadorias, visto que o CNJ encaminhou os autos do processo de afastamento para que o Ministério Público Federal (MPF) proponha as ações pertinentes.
"Querem manchar a imagem do MCCE, mas não vão conseguir. Utilizar o nosso nome é uma sujeira e um ato que repudiamos. E também esperamos que a falsificação seja investigada pela Polícia Federal", declarou um membro do movimento.
Procurado pelo
Olhar Direto, Neri não retornou às ligações, mas teria confirmado a outros líderes do MCCE que, de fato, a sua assinatura foi falsificada de "forma grosseira".
Mais informações em instantes/Primeira atualização às 21h19