O prefeito Chico Galindo (PTB) empossou na manhã desta sexta-feira (30) Sérgio Cintra (PDT) como novo secretário de Cultura de Cuiabá, no lugar de Adevair Cabral, do mesmo partido, que volta para seu cargo de vereador na Câmara Municipal. Apesar da reunião da executiva municipal pedetista ontem, na qual foi definida a entrega de todos os cargos ao prefeito, principalmente a Secretaria de Cultura, a posse ocorreu normalmente e o Galindo declarou estar confiante em um apaziguamento com a sigla, apesar das apostas de que o ato deve aumentar ainda mais as tensões entre o parido e a gestão municipal.
“Quero o PDT junto. Os problemas devem ser resolvidos dentro do partido. Eles vão encontrar o melhor caminho e eu estou à disposição. Não creio em mudanças, Cintra assumiu como secretário e deve continuar onde está”, acrescentou o prefeito.
Há alguns meses uma ala do PDT cuiabano vem articulando o rompimento com a gestão municipal, antes com Wilson Santos (PSDB) à frente. No entanto, o problema vem se arrastando sem solução.
Com a volta de Adevair para o legislativo, outro imbróglio foi criado. Este indicou Cintra, suplente que guardava sua cadeira na Casa de Leis, para substituí-lo. A executiva municipal, no entanto, indicou o nome de Paola Reis no último dia 22.
Galindo diz que não houve uma ‘exclusão’ ao nome de Paola ou um desrespeito ao partido, já que deu posse a Cintra. Ele explica que recebeu indicação da bancada pedetista com o nome do novo secretário e atendeu. “Recebi a indicação de dois vereadores, o Toninho de Souza e o Adevair. Isso me basta, e por que não bastaria?”, questiona o prefeito.
Ele alega ainda que quando recebeu o nome de Paola, estava tudo pronto para a posse de Cintra, inclusive convites impressos e despachados. Nesta quinta-feira (29) o prefeito recebeu ofício da sigla, informando sobre a decisão de rachar com a gestão municipal, mas acredita que o impasse poderá ser logo resolvido.
Cintra, Cabral e Márcio
O novo secretário Sérgio Cintra argumenta que o que existe no diretório municipal do PDT hoje é uma comissão provisória criada “às pressas e na calada da noite” e que, portanto, ele não acredita que terá poder para efetivar um rompimento com o governo municipal, nem para expulsa-lo do partido por infidelidade. “Pelo estatuto, comissão provisória não tem uma comissão de ética.
Adevair também afirmou não reconhecer a comissão municipal e anuncia que irá reunir-se neste sábado com Otaviano Pivetta, presidente regional do PDT, e Pedro Taques, pré-candidato ao Senado, com objetivo de procurar soluções para o problema. “Isso tudo é uma perseguição boba”, dispara.
Mário Márcio, presidente municipal do PDT, pediu afastamento da função, alegando não concordar com as decisões dos outros membros. “O partido sempre teve como regra o respeito aos seus filiados. As últimas decisões conflitam com a essência do partido, e eu não concordo”, comenta.
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