A suplente de deputada Verinha Araújo (PT) avalia que a melhor postura a ser tomada pelo presidente regional do PT, deputado federal Carlos Abicalil, é recuar com a candidatura ao Senado e apoiar a reeleição da senadora Serys Slhessarenko (PT), derrotada nas prévias do partido. Dessa forma, o racha interno da agremiação poderia ser sanado, caso contrário, a sigla corre risco de, até mesmo, ‘naúfragar’ nas eleições de outubro.
“Esse seria um ato de grandeza de um verdadeiro presidente partidário”, disse a pré-candidata a uma vaga no legislativo estadual em entrevista exclusiva ao Olhar Direto. “Até porque ela tem mais chances de se reeleger e ele, como candidato a federal (deputado), estouraria com mais de 200 mil votos e carregaria mais dois candidatos com ele”, completou.
Abicalil adquiriu o direito de se candidatar pelo PT ao Senado ao vencer Serys em uma prévia interna da sigla, realizada no dia 18 de abril. Ele conseguiu uma diferença de 427 votos sobre a senadora entre os 9,5 mil votantes. Desde então, o dirigente partidário sugere que a petista se candidate a deputado federal. Slhessarenko negou a ideia prontamente e ainda anunciou a retirada política das eleições de 2010.
Segundo Verinha, o fato de Abicalil ter vencido as prévias por “uma pequena margem” não devia dar direito a ele ignorar o fato de Serys ser uma senadora. Para a suplente, isso faz que o mandato dela seja classificado negativamente, pois é natural um “bom parlamentar” se lançar a reeleição.
“Será que é porque eu venci uma prévia que você deixou de ser senadora? Analisara o mandato dela de uma forma que não foi combinada anteriormente (as prévias). O classificaram como se fosse ruim. E isso prejudica a imagem do partido. Vão cobrar isso nas eleições e ele não está observando”, pontuou.
Além disso, ela salienta o fato de a senadora ter vencido o deputado nas cidades onde se concentram os maiores colégios eleitorais, como Cuiabá e Rondonópolis. Abicalil teria obtido maioria absoluta de votos em cidades pequenas, com pouca densidade eleitora, portanto, de menor significância nas eleições de outubro.
