O vereador de Marcelândia Ervino Kovaleski, que está preso desde janeiro sob acusação de negociar voto em sessões da câmara daquela cidade, entrou com novo pedido de habeas corpus no Tribunal de Justiça de Mato Grosso. Kovaleski já teve duas liminares negadas, uma no Fórum da Comarca e outra no TJ.

A distribuição do processo foi feita e o relator do pedido de soltura será o desembargador José Luiz de Carvalho, da Terceira Câmara Criminal. Os volumes do processo foram enviados ao gabinete do relator na sexta-feira (30).

De acordo com o promotor de Justiça de Marcelândia, Dannilo Preti Vieira, foi comprovado que o vereador, abusando de seu cargo na câmara, solicitava vantagens pessoais em troca de apoio político. Conforme o MP, os documentos evidenciaram o caráter do requerido, totalmente voltado para a prática de crimes contra a administração pública, em um comportamento inadmissível para um representante popular.

A acusação é que o vereador solicitava vantagens indevidas, fato comprovado por depoimentos pessoais de diversos vereadores, inclusive de sua base aliada. Após quebra de sigilo bancário de Ervino, comprovou-se que o mesmo recebeu altas quantias em dinheiro, movimentação financeira incompatível com a renda que recebia como vereador.

Kovaleski foi afastado do cargo de vereador por determinação judicial e o suplente foi empossado. O parlamentar, que está detido no Presídio Ferrugem, em Sinop, também foi expulso do PPS pela executiva estadual. O Ministério Público também requereu a indisponibilidade dos bens do acusado.