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Terça-feira, 30 de abril de 2024

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FERROVIA A CUIABÁ

Salles repudia declaração de ministro e Vuolo cobra ação do senador Pedro Taques

Foto: Reprodução/Internet

Salles repudia declaração de ministro e Vuolo cobra ação do senador Pedro Taques
Repercutiu mal a declaração dada pelo ministro dos Transportes, Paulo Passos (PR), de que a chegada da ferrovia a Cuiabá não é prioridade do governo federal. O tema deve entrar com força no debate eleitoral. Candidatos a deputado estadual e deputado federal pela coligação ‘Coragem e Atitude pra Mudar’, Francisco Vuolo (PP) e Rogério Salles (PSDB) repudiaram a atitude do ministro, que cumpriu agenda de campanha em Mato Grosso no final de semana com os também candidatos, Lúdio Cabral (PT), que disputa o governo, e Wellington Fagundes (PR)m candidato ao senado. 

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Presidente do Fórum Pró Ferrovia e filho do grande idealizador da chegada dos trilhos ao estado, o senador Vicente Vuolo, Francisco Vuolo lamentou a postura de Paulo Passos e garantiu que vai cobrar do senador Pedro Taques (PDT) uma postura firme em relação ao assunto no Senado.

“Recebo com muita estranheza essa postura que decepciona todo o povo cuiabano e da baixada. Se hoje existe ferrovia em Mato Grosso isso se deve a luta de Cuiabá e dos cuiabanos. Essa visão do ministro vai contra a todos os interesses do estado, uma visão míope que ele está tendo, pois pensar em ferrovia não é pensar só em produção, é pensar em desenvolvimento integrado. Por isso nossa grande decepção com essa declaração infeliz. Vou cobrar da nossa bancada federal e do nosso senador Pedro Taques que atuem contra essa posição no Congresso Nacional. Cabe uma retratação”, desabafou o progressista.

Vuolo explicou que depois da primeira vitória, que foi a chegada dos trilhos a Itiquira e Rondonópolis, o foco do trabalho foi construir um projeto concreto para trazer a ferrovia para Cuiabá. De acordo com o ex-vereador por Cuiabá, a declaração do ministro vai contra a tudo que foi desenvolvido até o momento. O estudo foi elaborado pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e entregue à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). O traçado prevê os trilhos chegando ao Distrito Industrial da Capital partindo de Rondonópolis, com pelo menos 230 km de extensão. O custo é de R$ 1,4 bilhão.

“Deixamos tudo pronto, os estudos com o desenho do traçado, estudos técnicos ambientais, a viabilidade econômica, tudo concluído, inclusive com contratos que apontam Cuiabá com viabilidade não só para o transporte de cargas como também para o transporte de passageiros. Não sei quais são os interesses políticos que o ministro está defendendo, espero que não sejam interesses pessoais”, disparou Vuolo.

Rogério Salles também não poupou críticas ao ministro, que veio a Cuiabá por uma articulação do seu principal adversário na disputa pelo senado, o deputado federal Wellington Fagundes. “Eu tenho como prioridade a vinda da ferrovia para Cuiabá. Eu sei da grande importância econômica desse trecho para a nossa capital e também porque desafoga Rondonópolis, que hoje concentra todos os caminhões lá. A vinda da ferrovia para Cuiabá é também uma homenagem à memória do saudoso senador Vicente Vuolo, que sempre sonhou com a ferrovia chegando até à capital”, declarou.

O candidato tucano também criticou o fato de Wellington ter acompanhado o ministro não ter feito uma defesa de Cuiabá. Segundo Rogério Salles, o PT e o PR tentam enganar os mato-grossenses.

“Tudo o que os petistas e essa turma ligada ao governo Silval têm feito é fazer promessas. Eles imobilizaram o estado. Se não fosse o setor privado nossa economia estaria estagnada, pois onde tem o poder público existe somente burocracia, e isso reflete na falta de infraestrutura para a escoação da nossa produção”, afirmou.

Em entrevista exclusiva ao Olhar Direto, o ministro destacou que Mato Grosso vem recebendo muitos investimentos em infraestrutura, mas deixou claro que a prioridade do momento é atender as regiões com demandas de cargas.

“Sem dúvida, no futuro, eu vejo objetivamente a possiblidade dessa ferrovia chegar a Cuiabá, mas nós temos que priorizar as áreas que estão a demandar e já evidenciam grandes fluxos, grandes volumes de cargas”, afirmou o ministro.
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