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de cara feia

Setor produtivo critica incompetência do governo de MT e a elevada carga tributária

“A incompetência do Governo do Estado é generalizada”, alfinetou o vice-presidente da Famato, Normando Corral.

16 Out 2012 - 19:49

Especial para o Agro Olhar - Thalita Araújo

Foto: Thalita Araújo

Lideranças rurais fizeram duras críticas ao governo do Estado durante reunião com representantes do Executivo

Lideranças rurais fizeram duras críticas ao governo do Estado durante reunião com representantes do Executivo

O governo do Estado está com a imagem suja perante o setor produtivo do agronegócio. Nesta terça-feira, a Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) reuniu representantes de sindicatos rurais de diversos municípios, além de outras organizações relacionadas ao agronegócio, para discutir uma lista de insatisfações com a administração estadual. Para os líderes ruralistas, a administração estadual está na "contramão da história".

Entre as reclamações, a carga tributária considerada altíssima e insustentável pelos produtores, o sucateamento do Instituto de Defesa Agropecuária (Indea) - que está sem condições de trabalho -, a demora na tramitação de processos ambientais e a total falta de transparência na utilização dos recursos provenientes do Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab), cujo conselho foi suspenso.

Todos esses pontos seriam gargalos que atrapalham o bom funcionamento e o desenvolvimento do agronegócio, atividade que sustenta a economia mato-grossense e que, segundo a classe, deveria receber mais atenção do Palácio Paiaguás.

O presidente da Famato, Rui Prado, ressalta que as demandas são as mesmas há algum tempo e há unanimidade entre os produtores rurais. Segundo ele, o governo já foi procurado e questionado diversas vezes sobre todas as pautas da reunião.

O presidente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), José Bernardes, ressaltou que o Executivo estadual não tem dado a devida atenção aos problemas que incomodam a classe. “A gente conversa com o governo, ele diz que faz tudo. Viramos as costas e eles não fazem nada”.

“A incompetência do Governo do Estado é generalizada”, alfinetou o vice-presidente da Famato, Normando Corral. E Prado acrescentou que, agindo desta forma, a administração de Mato Grosso está caminhando na contramão do desenvolvimento do país.

O presidente da Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso (Aprosoja-MT), Carlos Fávaro, afirmou que, por diversas vezes, foram feitas reuniões das entidades ligadas ao agronegócio com o governador e pastas específicas, apontando os gargalos, mas sem soluções em troca.

Ao final da reunião, juntaram-se aos produtores representantes do governo, convidados para ouvir as demandas e prestar esclarecimentos. Estiveram presentes o secretário de Meio Ambiente, Vicente Falcão, o secretário de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar, Carlos Milhomem, um representante da Secretaria de Fazenda e o presidente do Indea, Jurandir Ribas.

A reunião foi mais focada na discussão dos problemas e de que forma eles ocorrem, do que no planejamento de ações. Na realidade, a grande ação proposta foi a "pressão" junto ao Poder Executivo estadual, já que só o governo pode contribuir de maneira decisiva na eliminação de tais gargalos.

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