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Sexta-feira, 26 de abril de 2024

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Missão ministerial

Maggi negocia cerca de R$ 50 milhões na Ásia; carnes e grãos são destaques

Foto: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento/Divulgação

Maggi negocia cerca de R$ 50 milhões na Ásia; carnes e grãos são destaques
A Missão Ministerial e Empresarial pela Ásia sob o comando do ministro Blairo Maggi já rendeu aproximadamente US$ 50 milhões em negócios. Carnes, grãos, café e madeira são os destaques de acordos realizados em cinco cidades da China e Seul, na Coreia do Sul. Além dos negócios realizados, caminhos para atração de investimentos em produção agroindustrial e em infraestrutura e logística foram abertos.

Nesta segunda-feira, 12 de setembro, Blairo Maggi e a comitiva que compõe a Missão à Ásia chegaram a Bangkok, na Tailândia. A previsão é que a missão siga até o dia 25 de setembro e até lá o roteiro conta ainda com passagens por Myanmar, Malásia, Vietnã e Índia.

Em breve entrevista de balanço dos primeiros dias de missão publicada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Blairo Maggi destacou que seu "papel como ministro da Agricultura é abrir as portas, facilitar as coisas, para que os empresários do agronegócio brasileiro possam ter acesso aos canais de venda e de negociação".

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Entre as negociações tratadas durante a viagem está a abertura de mercado da Coreia do Norte para a carne suína de Santa Catarina.

A comitiva ainda verificou novas possibilidades de negócios, como é o caso da carne bovina com osso. Como o Agro Olhar já havia comentado, em Shangai, na China, Blairo Maggi visitou um mercado de carnes onde constatou que o país asiático adquiria carne bovina com osso de alguns países e do Brasil não. Em vídeo, publicado em suas redes sociais, o ministro comentou que no Brasil os ossos viram farinha e que a mesma é vendida ao mercado externo por US$ 200 a toneladas, enquanto a carne com osso poderia ser exportada para a China por US$ 700 a tonelada.

“Antes de começar o roteiro pela Ásia, estive com o presidente Michel Temer na reunião do G20, na China. Ele tratou diretamente com o presidente chinês do aumento da importação dos nossos produtos agropecuários. O presidente Temer voltará ao país no ano que vem e tem trabalhado pelo entendimento. A China tem sido um parceiro estratégico para o Brasil e, neste momento de crise, precisamos contar com os nossos parceiros. É vital que aumentemos nossas exportações, porque isso vai gerar empregos e aumentar a renda dos trabalhadores”, pontuou Maggi.

Aposta na Coreia do Sul

A Coreia do Sul é uma das apostas de Blairo Maggi para ampliar as exportações brasileiras. Maggi, como o Agro Olhar já destacou, tem a ousada meta de aumentar a participação brasileira no comércio mundial de 7% para 10% em cinco anos, o que pode representar o ingresso de mais de US$ 30 bilhões na economia do país.

Conforme Maggi, a Coreia do Sul é uma de suas apostas por ser um país com 50 milhões de consumidores e ter um PIB de US$ 1,5 trilhão. A renda per capita naquele país é de US$ 30 mil. "Eles precisam comprar alimentos porque são do tamanho de Santa Catarina e não têm mais onde plantar. Além disso, a Coreia é um mercado aberto a produtos mais sofisticados, como, por exemplo, os cafés especiais. Eles têm mais de 60 mil cafeterias espalhadas. Trocaram o chá pelo café. O Brasil vende para um grupo de países que corresponde a 40% do mercado mundial. Podemos aumentar essa clientela".

Conversa frente a frente

Segundo o ministro da Agricultura, nem sempre conversar de governo para governo significa que as coisas serão encaminhadas. “A gente começa a entender que existem peculiaridades, questões políticas, que influem direta e indiretamente no processo. Na Coreia, por exemplo, está claro que a resistência deles em liberar a importação de determinados produtos é consequência da pressão de setores que temem a concorrência, como produtores tradicionais. Há ainda questões de política externa envolvendo outros países, como os Estados Unidos, maior vendedor de carne para os coreanos”, explicou Maggi.

No caso da China, o ministro da Agricultura, comenta que existem atritos diplomáticos com outros países, como é o caso da Austrália, que podem favorecer a entrada de carne brasileira. "Nós queremos que os chineses comprem mais produtos processados do Brasil, com maior valor agregado, e comprem mais carne. Temos que estudar quais contrapartidas poderemos dar a eles. A proposta inicial deles é que façamos parte do comércio em reais e yuan, o que é muito complicado e, para viabilizar isso, seria necessária uma engenharia financeira muito sofisticada envolvendo os bancos centrais".
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