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Quarta-feira, 12 de junho de 2024

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foi exonerado

Apontado como "laranja" de delegado em segurança privada de garimpeiros tinha cargo em Brasília e é ligado a governador de MG

Foto: Reprodução

Apontado como
Acusado de cobrar propina em seu gabinete, o delegado Geordan Antunes Fontenelle, solto nesta quinta após ser preso na Operação Diaphthora, é o administrador responsável pela GF Consultoria em Segurança Ltda, com capital majoritário de R$ 29.400. A empresa, que iniciou suas atividades em novembro de 2022 para ofertar serviços de segurança privada aos garimpeiros de Peixoto de Azevedo, onde Geordan era lotado, tem como sócio Bruno Vieira Ornelas, ligado ao governador Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais.


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Apesar de não ter vínculo algum com o Estado de Mato Grosso, Bruno Ornelas aparece cadastrado na Junta Comercial como sócio-adminsitrador da GF, porém, com apenas seiscentos reais de capital de participação.
Orlenas, apontado pelas investigações como laranja de Gerodan, funcionando apenas para ocultar o verdadeiro responsável pela GF, é “homem-forte” do governador de Minas Gerais Romeu Zema, e foi nomeado com cargo comissionado para representar sua Vice-Governadoria em Brasília. Ele foi exonerado do cargo após suspeita de tráfico de influência. 

No dia 11 de Marco de 2024, o portal de noticiais Metrópoles publicou uma matéria com o título ““Faz o pix ai”: homem de Zema em Brasília trata de propina.” A matéria trata de um esquema de propina com vendas de cargos no Departamento Estadual de Trânsito do Estado de Goiás.

Segundo a reportagem do jornalista Guilherme Amado, o advogado Bruno Ornelas teria pedido um pix de 100 mil para um empresário por nome de Felipe Cortez, para nomear um empresário ao um Cargo na Gerência de Tecnologia da Informação do órgão de Trânsito no Estado de Goiás, quando era responsável pela coordenação política do partido Podemos.

“Os eventos mencionados nas reportagens acima colocam em questionamento a conduta de Bruno Vieira Ornelas, sócio do Delegado Geordan, que tem seu nome envolvido em esquema de corrupção no Estado de Goiás, e que, por serem publicações recentes, reforça o fato de que, aparentemente, Bruno Ornelas não exerce nenhuma atividade no Estado de Mato Grosso. É muito comum a existência de “laranjas” funcionando, formalmente, como sócios de empresas para ocultar os verdadeiros responsáveis por elas”, anotou o delegado Rodrigo Azem Buchdid, que presidiu a operação contra Geordan.

Nesta quarta-feira (15), o Tribunal de Justiça concedeu liberdade ao delegado Geordan. O habeas corpus está sob segredo de Justiça. Não há detalhes sobre o julgamento. Decisão levou em conta o fim das investigações, conforme parecer do Ministério Público. Ele foi preso em meados de abril, quando deflagrada a Operação Diaphthora, para cumprimento de 12 ordens judiciais decretadas em investigações que apuraram um esquema criminoso praticado no município de Peixoto de Azevedo. 

O Núcleo de Inteligência da Corregedoria Geral apontou o envolvimento de policiais civis, advogado e garimpeiros da região de Peixoto de Azevedo em situações como a solicitação de vantagens indevidas, advocacia administrativa e ainda o assessoramento de segurança privada pela autoridade policial, caracterizando a formação e uma associação criminosa no município.

Com o aprofundamento das investigações, foram identificados os servidores envolvidos no esquema criminoso, sendo o mentor e articulador o titular da Delegacia de Peixoto de Azevedo, Geordan, e um investigador da unidade, Marcos Paulo Angeli, aliados a advogado e garimpeiros do município.
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