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Sexta-feira, 31 de maio de 2024

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Antes de ser preso, Eder critica férias de delator na Riviera Francesa e dispara: “a mentira está compensando”

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Antes de ser preso, Eder critica férias de delator na Riviera Francesa e dispara: “a mentira está compensando”
Eder Moraes Dias, ex-secretário de Fazenda de Mato Grosso, não deixou de divulgar sua insatisfação após saber que voltará ao Centro de Custódia de Cuiabá nas próximas horas. Um dos alvos das críticas foi o delator premiado na Operação Ararath, o empresário Junior Mendonça. “A mentira está compensado hoje”, comentou Eder sobre seu desafeto jurídico.


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Mendonça foi beneficiado com a delação premiada após contribuir com as investigações. O empresário aponta Eder Moraes como uma espécie de “arquiteto” no suposto esquema que teria, segundo o Ministério Público Federal, lesado os cofres públicos de Mato Grosso em cerca de R$ 500 milhões.

O ex-secretário, porém, é enfático ao duvidar da veracidade no conteúdo relado por Mendonça. Além de salientar “mentiras”, Eder mostra-se surpreso com os benefícios concedidos ao delator. “Júnior Mendoça passa férias na Riviera Francesa, vive postando foto no Instagram de Nova Iorque”, salientou em entrevista concedida na última terça-feira.

As desavenças e questionamentos entre as partes é antiga. Em ocasião passada, durante depoimento prestado à Justiça Federal, Moraes teceu críticas ao delator. “Boca e descarga todo mundo tem, ou fala e não se consome, ou fala aquilo que pensa, eu tenho a consciência limpa, tranquila. Não vou entrar nesse jogo da acusação de um delator, que fez uma delação premeditada, combinada, selecionando alvos, mentindo para a Justiça Federal sobre tudo, e o que é pior, dentro desse contexto todo, omitindo dados” Asseverou, em março de 2015.

As manifestações de Eder surgiu após a Quarta Turma do Tribunal Regional Federal, em Brasília, revogar liminar favorável ao ex-secretário e determinar a sua volta ao Centro de Custódia. Ele havia deixado a prisão no dia 24 de junho. A reviravolta surpreendeu réu e advogados.

O ex-secretário chegou a comentar, com ironia, sua volta a prisão: “estou com a bolsa arrumada esperando a Polícia Federal”, salientou. As últimas prisões de Eder foram motivadas pelo suposto descumprimento das medidas cautelares estabelecidas. Ele, porém, nega: “eu nunca, em tempo algum, tentei burlar a tornozeleira. Seria idiotice, insanidade. Estaria atentando contra um instrumento da minha liberdade”.

Para que seu retorno ao CCC seja efetivado, um ordem judicial da Quinta Vara Federal em Mato Grosso é aguardada. Conforme informações da assessoria de imprensa do juízo, documentos de Brasília ainda serão enviados a Cuiabá para que, assim, o mandado seja lavrado.

Operação Ararath:

A operação investiga um complexo esquema de lavagem de dinheiro - cuja estimativa de movimentação ultrapassa R$ 500 milhões ao longo de seis anos – para o financiamento de interesses políticos no estado.

A Ararath também apura a realização de pagamentos ilegais, por parte do Governo de Mato Grosso, para empreiteiras. Além do desvio desses recursos em favor de agentes públicos e empresários, utilizando instituição financeira clandestina.

Durante as investigações, a PF descobriu um esquema de lavagem por meio de empresas de ‘factoring’ e combustíveis comandadas pelo empresário Júnior Mendonça, que, posteriormente, seria beneficiado com a delação premiada.

Uma lista apreendida aponta que pelo menos 70 empresas utilizaram ‘recursos’ oriundos de esquemas fraudulentos de empréstimos.
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