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Terça-feira, 11 de junho de 2024

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INTERROGATÓRIO

Empresário ligado ao “Escândalo dos Maquinários” aponta retaliação do Executivo após investigações

Foto: Reprodução

Empresário ligado ao “Escândalo dos Maquinários” aponta retaliação do Executivo após investigações
O empresário José Renato Nucci afirmou que vem sofrendo cobranças indevidas de impostos, avaliadas em cerca de R$300 milhões, por ter participado do programa “MT 100% integrado”. A declaração foi dada durante interrogatório realizado na 7ª Vara criminal de Cuiabá, nesta quinta-feira (26), para o processo conhecido como “Escândalo dos Maquinários”.


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Réu na ação, o proprietário da Tork Sul Comércio de Peças e Máquinas Ltda. reiterou, ainda, não ter conhecimento do suposto superfaturamento de R$ 44 milhões na compra dos equipamentos.

Conforme informado à magistrada Selma Santos Arruda, responsável pelo caso, as represálias estariam sendo trajadas em cobranças sobre os R$ 20 milhões recebidos pela empresa na época dos fatos. Para o advogado Anselmo Mateus Vedovato Junior, responsável pela assessoria jurídica de Nucci, todas as corporações envolvidas na investigação estariam enfrentando relações conflituosas com o poder executivo.

“Desde a realização do pregão 87/2009 o Estado de Mato Grosso vem, reiteradamente, perseguindo, acredito que não só a Tork Sul, como todas as outras empresas que participaram, através de cobranças indevidas de tributos”, salientou o advogado Anselmo Mateus. “Eles criaram uma mágica jurídica para transformar R$ 20 milhões em R$ 300 milhões”, complementou.

A denúncia oferecida pelo Ministério Público Estadual (MPE) investiga 12 nomes: Geraldo Aparecido De Vitto Júnior (ex-secretário de Administração), Ricardo Lemos Fontes (Cotril Máquinas e Equipamentos Ltda.), José Renato Nucci (Tork Sul Comércio de Peças e Máquinas Ltda.), Valmir Gonçalves de Amorim (Dymak Máquinas Rodoviárias Ltda.), Marcelo Fontes Corrêa Meyer (Tecnoeste Máquinas e Equipamentos Ltda.), Otávio Conselvan (Auto Sueco Brasil Concessionária de Veículos Ltda.), Sílvio Scalabrin (Môncaco Diesel Caminhões e Ônibus Ltda.), Rui Denardim (Môncaco Diesel Caminhões e Ônibus Ltda.), Harry Klein (Iveco Latin América Ltda.), Rodnei Vicente Macedo (Rodobens Caminhões Cuibá S/A), David Mondin (Torino Comercial de Veículos Ltda), Valter Antônio Sampaio (servidor público).

O grupo de empresários é acusado de fraude à licitação e fraude processual. Na denúncia, o MPE destaca que a aquisição de caminhões e maquinários por parte do Governo do Estado atingiu a soma de R$ 245 milhões e a propina fixada para o favorecimento de determinadas empresas no procedimento licitatório foi estimada no valor de R$ 12,2 milhões, considerando 5% do valor da aquisição.

Os nomes de Blairo Maggi e Éder Moraes passaram de réus para testemunhas ao serem absolvidos em março de 2014 por provarem não terem conhecimento do esquema.
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