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Sexta-feira, 31 de maio de 2024

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'escritório do crime'

Monitorado por tornozeleira, delegado tem porte de arma suspenso e está impedido de exercer função

Foto: Reprodução

Monitorado por tornozeleira, delegado tem porte de arma suspenso e está impedido de exercer função
O deletado Geordan Antunes Fontenelle Rodrigues, acusado de chefiar “escritório do crime” em Peixoto de Azevedo, teve decretada a suspensão da posse e do porte de arma de fogo. Além se ser alvo do afastamento provisório e imediato de suas funções, Geordan também será monitorado por tornozeleira eletrônica. As condições foram impostas para revogar prisão preventiva.


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Decisão em habeas corpus foi proferida pela Quarta Câmara Criminal do Tribunal de Justiça, de forma unânime, na quarta-feira (15), convergindo com parecer do Ministério Público.
 
Também foram impostas outras medidas cautelares: comparecimento a todos os atos judiciais; proibição de qualquer contato com as testemunhas, vítimas, corréus e demais envolvidos na investigação;  proibição de acesso à Delegacia de Peixoto de Azevedo, Matupá e de outras da região norte do Estado, assim como em manter contato com seus servidores policiais e outros que ali trabalhem; não se ausentar da comarca em que resida; e suspensão de passaportes.
 
Geordan foi alvo da Operação Diaphthora, para cumprimento de 12 ordens judiciais decretadas em investigações que apuraram um esquema criminoso praticado no município de Peixoto de Azevedo. Foram cumpridos dois mandados de prisão preventiva, sete de busca e apreensão e três medidas cautelares. 

As investigações iniciaram após denúncias recebidas no Núcleo de Inteligência da Corregedoria Geral, que apontavam o envolvimento de policiais civis, advogado e garimpeiros da região de Peixoto de Azevedo em situações como a solicitação de vantagens indevidas, advocacia administrativa e ainda o assessoramento de segurança privada pela autoridade policial, caracterizando a formação e uma associação criminosa no município.

Com o aprofundamento das investigações, foram identificados os servidores envolvidos no esquema criminoso, sendo o mentor e articulador o titular da Delegacia de Peixoto de Azevedo e um investigador da unidade, aliados a advogado e garimpeiros do município.  

Entre os crimes praticados pela associação criminosa, foi demonstrado no inquérito que o delegado e o investigador solicitavam o pagamento de vantagens indevidas para liberação de bens apreendidos, exigiam pagamento de “diárias” para hospedagem de presos no alojamento da delegacia e, ainda, pagamentos mensais sob a condição de decidir sobre procedimentos criminais em trâmite na unidade policial. 

Todos os esquemas e acertos levam à conclusão de que existia um verdadeiro “gabinete do crime”.
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