Um dia após a coletiva de imprensa com um duro desabafo do procurador Geral de Justiça de Mato Grosso, Paulo Prado, a Associação Nacional dos Membros do Ministério (Conamp) e a Associação Mato-grossense do Ministério Público (AMMP) emitiram nesta quarta-feira (28) “Moção de Apoio”.

A nota referenda o trabalho desenvolvido pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) e à gestão do procurador-geral de Justiça, Paulo Roberto Jorge do Prado. No documento, os representantes das duas entidades associativas repudiam a forma de divulgação de notícia a respeito de cartas de crédito de alguns membros do MPE com ilações indevidas de possível envolvimento de membros da instituição com investigados na Operação Ararath.

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“Os fatos que recentemente vieram a público, com a deflagração da Operação Ararath, não podem desacreditar a seriedade e o trabalho realizados pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso, que possui, ao todo, mais de uma centena de ações de improbidade, investigações e ações penais originárias apresentadas contra investigados na própria Operação Ararath”, diz trecho da nota.

As duas entidades ressaltam, ainda, que não aceitam medidas constrangedoras que coloquem em dúvida a integridade e a retidão de toda a classe ou que possam importar em submissão da Instituição Ministério Público ao aparato policial e defendem a prerrogativa de investigação do membro pelo próprio Ministério Público, no cumprimento de sua Legislação Orgânica Nacional.

“As investigações conduzidas pelos membros do Ministério Público do Estado de Mato Grosso ocorrem com lisura, escorreita juridicidade, com a utilização dos instrumentos legais à sua disposição, observância de resoluções e determinações do Conselho Nacional do Ministério Público, em estrita observância da ordem constitucional”, acrescentaram.

Coletiva com Paulo Prado

Na tarde da última terça-feira (27) o procurador Geral de Justiça de Mato Grosso, Paulo Prado, realizou uma coletiva de imprensa para rechaçar as críticas ao MP. Visivelmente irritado, Prado afirmou que a lista divulgada nas investigações da Polícia Federal sobre um esquema de lavagem de dinheiro era referente a cartas de créditos que os promotores receberam do Estado como pagamento de indenizações por férias não tiradas.

Na ocasião, Prado chegou a se exaltar. “Desculpem-me, mas é que existem homens que não têm sangue nas veias, dos quais você pode falar da honra deles e eles não dizem nada. Mas meus pais me ensinaram que o maior valor que nós temos é o nosso nome. Eu passei esse nome para o meu filho e não quero que meu filho um dia se envergonhe de ter esse nome”, desabafou o procurador.

Paulo Prado também negou que o MP recebeu beneficio do esquema de lavagem de dinheiro e que a única relação que manteve com Eder Moraes foi uma ligação que realizou para a Superintendência da Polícia Federal informando que o ex-secretário de Estado iria entregar alguns documentos.

Confira a “Moção de Apoio”

Clique aqui e confira a nota da Conamp e AMMP.

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