Olhar Jurídico

Domingo, 28 de abril de 2024

Notícias | Criminal

Ararath

Eder Moraes é investigado em mais 4 inquéritos da PF; novas denúncias devem sair em setembro

Foto: Danilo Bezerra / Olhar Direto

Eder Moraes é investigado em mais 4 inquéritos da PF; novas denúncias devem sair em setembro
Desdobramentos de 11 inquéritos policiais instaurados pela Polícia Federal para apurar crimes contra o sistema financeiro e lavagem de dinheiro devem resultar em novas denúncias do Ministério Público Federal (MPF) em setembro. Do montante de inquéritos instaurados, o ex-secretário de Estado Eder Moraes Dias aparece como  alvo de investigação em quatro procedimentos. Denunciado 38 vezes por crimes contra o sistema financeiro, Moraes responde a processo na 5ª Vara da Justiça Federal e afrma ser inocente.

Leia Mais:
Ameaçados de por Lei da Ficha Limpa, Gilmar Fábris e Zé do Pátio têm candidaturas deferidas pelo TRE

De acordo com informações dos procuradores que integram a força-tarefa montada para acompanhar as investigações, a Polícia Federal de Mato Grosso está analisando todas as provas apreendidas (físicas e digitais) e realizando perícias e interrogatórios e a perspectiva é de que no próximo mês mais envolvidos passem a responder processo perante à Justiça Federal.

A força-tarefa foi estruturada em atendimento a solicitação do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, devido à complexidade e abrangência do esquema alvo de apuração. Além dos crimes contra o sistema financeiros, fraudes e corrupção também estão no bojo das investigações, iniciadas com a primeira fase da operação Ararath, deflagrada em novembro de 2013.

As investigações apontam que um grupo – segundo a denúncia do MPF – teria Eder Moraes a frente de um esquema que empregava factorings como fachada para a concessão de empréstimos a pessoas físicas e jurídicas do Estado. Aponta ainda facilidades e simulações de empréstimos junto ao Bic Banco em Mato Grosso.

Na denúncia, o MPF cita que as empresas de Gércio Mendonça (conhecido como Júnior Mendonça) a Global Fomento Mercantil e a Amazônia Petróleo eram empregadas para lavagem de dinheiro usado para alimentar um sistema composto por políticos. Os montantes serviam para compra de apoio político e pesquisas eleitorais. Em seis anos, a estimativa é que de cerca de R$ 500 milhões tenham sido ‘movimentados’ pela organização. Mendonça é o pivô da investigação e além de prestar uma série de depoimentos, entregou provas documentais ao MPF.

Até o momento, cinco fases foram deflagradas e durante o cumprimento de mandados de busca, uma série de documentos (como notas promissórias), além de listagem com os beneficiários do esquema foram apreendidas. Em um das listas, consta o nome de 71 empresas que lucraram por meio de empréstimos fraudulentos.

Negativa

A 5ª fase da operação Ararath, deflagrada em 20 de maio deste ano, terminou com a prisão de Eder Moraes e também do deputado José Riva (PSD) e do superintendente do Bic Banco, Luiz Carlos Cuzziol, sob acusação de envolvimento na ação. Riva e Cuzziol – que negam prática de crimes – foram soltos dias depois. Eder Moraes passou 81 dias detido (sendo 62 delas no Centro de Custódia da Papuda em Brasília) e foi colocado em liberdade por meio de um habeas corpus do Supremo Tribunal Federal (STF) cumprido em 9 de agosto.

Moraes, durante depoimento na semana passada ao juiz Jeferson Schneider, chegou a sugerir ao magistrado que realizasse uma acareção entre ele e o empresário delator Júnior Mendonça. A defesa de Moraes sustenta que ele vem sendo usado com um 'bode expiatório', mas nomes não foram citados. 



Entre em nossa comunidade do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui

Comentários no Facebook

Sitevip Internet