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Sábado, 11 de maio de 2024

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NÃO CUMPRIU

Sintep ‘atropela’ liminar expedida por desembargador e mantém a greve

De acordo com representantes do sindicato, a decisão de Guiomar foi monocrática e então eles decidiram aguardar o julgamento do mérito pelo pleno do TJ.

Foto: Divulgação

Professora Sidnei lidera a greve em Sinop

Professora Sidnei lidera a greve em Sinop

Cerca de 80 filiados ao Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT) resolveram, em assembleia, manter a greve que já dura 36 dias na rede municipal de educação de Sinop. A decisão ‘atropela’ uma liminar do desembargador do Tribunal de Justiça Guiomar Teodoro Borges, que determina a suspensão da paralisação. A multa pelo descumprimento está estipulada em R$ 20 mil por dia.


De acordo com representantes do sindicato, a decisão de Guiomar foi monocrática e então eles decidiram aguardar o julgamento do mérito pelo pleno do TJ. Eles dizem que o prefeito Juarez Costa (PMDB) não aceita conversar. "Em 36 dias de greve não tivemos nenhuma negociação ou proposta, o que mostra a falta de interesse em melhorar a educação do município", afirma a presidente da subsede, Sidinei Cardoso, por meio da assessoria.

A Prefeitura de Sinop afirmou que, assim como no mês de julho, manterá o corte no salário dos grevistas. Na liminar expedida na quinta-feira (21), o desembargador manifestou-se pela legalidade no corte dos vencimentos, já que a greve seria abusiva por não levar em consideração o impacto na folha de pagamento do município, que já está na casa dos 54% de limite estabelecido na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

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O corte nos salários e uma aventada demissão de professores que se mantiverem de braços cruzados praticamente ‘minguou’ a greve, que está sob a batuta do Sintep. Segundo a Secretaria de Educação de Sinop, cerca de 80% dos mais de 1.3 mil servidores da pasta já retornaram para as salas de aula.

Professores ouvidos pela reportagem sob a condição de anonimato dizem querer a equiparação dos salários com a dos professores da rede estadual (saltaria de R$ 1.6 mil para R$ 1.7 mil), mas que também entendem a dificuldade de a prefeitura programar esses valores, baixando a quantidade de horas aulas de 40 para 30 horas semanais.

“Nesse momento eu creio não ser possível isso [a equiparação salarial] e meus colegas sabem disso. O que se fala nos bastidores do sindicato é que há uma manifestação político-partidária na condução da paralisação, o que é muito ruim para a categoria”, confidenciou um professor, que já retornou para suas atividades.
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