O Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT) negou o pedido de abertura de investigação judicial interposto pelo Partido Verde (PV) contra o candidato ao cargo de deputado estadual em 2014, Valdir Barranco (PT). A frente do PV acusa o petista de doar lotes de terra em troca de votos. Partido Verde e PV travam uma verdadeira batalha pela cadeira ocupada, atualmente, por Pery Taborelli (PV): Barranco possui um recurso a ser julgado pelo Tribunal Superior sobre o seu registro de candidatura para o último pleito eleitoral.

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A desembargadora Maria Helena Póvoas Gargaglione foi a responsável por analisar o processo. “Narra o representante, em síntese, que o representado, na condição de superintende do INCRA em Mato Grosso, teria prometido doar terras aos eleitores da região de Intanhagá/MT que votassem em sua candidatura”, esclareceu Póvoas.

Conforme o autos, o Partido Verde solicitou a concessão de tutela antecipada para que fossem mantidos "congelados" os votos recebidos por Barranco em 2014. Analisando os fatos, a desembargadora negou a instauração da investigação. Tal sentença foi baseada na impossibilidade de interposição de ações em datas posteriores à diplomação dos eleitos.

A ação do PV era encarada como uma “carga” auxiliar para a futura decisão do TSE e a possível manutenção de Valdir Barranco nos quadros de políticos “ficha suja”. O petista foi acusado de superfaturamento de mais de 7.000% na compra de medicamentos quando exercia o cargo de prefeito em Nova Bandeirantes. Na ocasião o MPE participou das investigações que determinaram a inelegibilidade do ex-prefeito.

Caso Valdir Barranco consiga o deferimento do seu registro o quadro de eleitos para a Casa de Leis será alterado. A coligação ‘Amor a Nossa Gente’ (PT, PR, PMDB e PROS) passará a contar com nove deputados estaduais e a Frentinha, liderada pelo Partido Verde (PV), perderia uma cadeira – hoje pertencente ao vereador Coronel Taborelli, deputado eleito e líder do PV na Câmara de Várzea Grande.