A professora do curso de Direito da Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT) do campus de Cáceres (a 217 km de Cuiabá), Márcia Palmiro da Silva e Lima,  investigada por, supostamente, receber salários sem dar aulas durante o segundo semestre de 2015 refutou as acusações. Em contato com o Olhar Jurídico  ela cita estar “chocada com tamanha barbaridade e violência”.

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A docente, que também é Procuradora do Estado, disse estar com a consciência tranquila e que, na verdade, trata-se de um “lastimável equívoco cometido pela senhora chefe de Departamento”.

Também garantiu que, durante o período investigado, cumpriu com todas as suas obrigações, inclusive teria feito mais do que o estipulado. “No último semestre estive na ativa, apliquei conteúdo maior e melhor que o das equivocadas ementas oficiais”, destacou Márcia.

E ainda ressaltou que é professora do curso de Direito desde sua criação - há mais de 20 anos. E que centenas de alunos “poderão demonstrar a veracidade dos fatos”. Ela ainda afirmou que espera “que a verdade vença”.

De acordo com Inquérito Civil assinado pelo promotor de justiça Kledson Dionysio de Oliveira, a docente teria deixado de “ministrar as aulas da disciplina de direito sob a sua atribuição. No entanto, declarou que realizou referido trabalho nos diários das disciplinas, situação que pode evidenciar dano ao erário, enriquecimento ilícito e violação aos princípios da administração pública”.

Confira na íntegra o depoimento da professora:

"Fiquei chocada com tamanha barbaridade e violência! Sou Professora do Curso de Direito há 20 anos, desde sua criação, e sempre estive em salas de aula. No último semestre, estive na ativa, apliquei conteúdo maior e melhor que o das equivocadas ementas oficiais. Tenho minha consciência tranquila e centenas de alunos que poderão demonstrar a veracidade dos fatos, aliás, fatos esses que distanciam do lastimável equívoco cometido pela Sra Chefe de Departamento.
Espero que a verdade vença e agradeço esta oportunidade".