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EX-VEREADOR

João Emanuel "desmente" Riva antes de audiência por desvios e afirma que reformou casa, mas com dinheiro limpo

02 Fev 2016 - 16:20

Da Redação - Arthur Santos da Silva / Da Reportagem Local - Paulo Victor Fanaia Teixeira

Foto: Paulo Victor Fanaia Teixeira / Olhar Direto

João Emanuel
O ex-vereador (cassado pela Justiça) João Emanuel “desmentiu” seu ex-sogro, José Geraldo Riva, antes do início de uma audiência por desvios na Câmara de Cuiabá realizada nesta terça-feira (02), na Sétima Vara Criminal. Segundo o político, uma reforma foi realizada na casa onde ambos viviam, no bairro Santa Rosa. A obra buscava “uma construção de uma casa para que nós tivéssemos uma criação inclusiva, da família inteira, como se a família toda morasse no mesmo espaço. É isso que foi feito”, segundo palavras do ex-presidente da Câmara de Cuiabá.

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Riva havia negado qualquer intervenção de seu genro no imóvel. A negativa surgiu após o Ministério Público Estadual oferecer denúncia contra João Emanuel. O ex-vereador é acusado de, além de utilizar dinheiro ilícito na reforma, realizar inapropriadamente viagem internacional para Disney, na cidade norte-americana de Orlando, e adquirir, com verba pública, um veículo automotor Porsche/Boxter Conversível Esporte.

A Ocasião em que o ex-deputado José Riva, atualmente preso, teria negado as reformas apontadas pelo MPE compreendeu à audiência de instrução em um processo da “Operação Arca de Noé”, no dia 28 de janeiro. “É absolutamente mentirosa essa afirmação, minha casa tem 10 anos que não é reformada e não faz mais de 10 anos que eu conheço João Emanuel”, disse.

João Emanuel esclareceu que contrário ao que afirma o Ministério Públco, o dinheiro empregado na reforma não é proveniente de desvio de verbas públicas. “Eu queria deixar até muito bem claro, as pessoas de um modo geral, elas têm que parar até mesmo de acreditar que todos os bens públicos, todas as pessoas públicas, me desculpa, todo o homem público, tudo que possui ou tudo que faz é por conta do dinheiro público. Na verdade a pessoa se torna uma pessoa pública porque ela teve um destaque na atividade em que ela estava fazendo”.

“Eu sou advogado de profissão, sou empresário, tenho as minhas ocupações, graças a Deus tenho felicidades em muitas causas minhas, e eu tenho recursos, tenho documentações, tenho meu imposto de renda é aberto para poder comprovar os meus gastos, comprovar as minhas viagens, comprovar isso tudo. Então de uma forma, de uma forma muito bem simples, eu tenho condição, como advogado, que tenho já muito tempo advogando, tenho recursos para poder fazer essa ou aquela viagem, ou fazer essa ou aquela reforma. Inclusive toda reforma nós vamos justificar”, finalizou.

A audiência

Na audiência realizada nesta terça-feira (02), o ministério Público relata que foi constatada a existência de grupo criminoso liderado por João Emanuel para contrair empréstimos com agiota dando em garantia imóveis cuja transferência se daria de forma fraudulenta por meio de falsificação de documentos e desvio de verbas da Câmara Municipal de Cuiabá.

Constam como réus no processo, além de João Emanuel: Amarildo dos Santos, Marcelo de Almeida Ribeiro, Mário Borges Junqueira, André Luis Guerra, Érica Patrícia Cunha, Pablo Norberto Dutra e Evandro Vianna Stábile (filho do desembargador afastado Evandro Stábile).
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