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Ex-secretário Eder Moraes amarga mais uma derrota na Justiça Federal e continua preso

04 Fev 2016 - 09:50

Da Redação - Paulo Victor Fanaia Teixeira

Foto: Rogério Florentino Pereira / Olhar Direto

Ex-secretário Eder Moraes amarga mais uma derrota na Justiça Federal e continua preso
A Justiça Federal indeferiu o pedido de revogação da prisão preventiva formulado pelo ex-secretário de Fazenda de Mato Grosso, Eder de Moraes Dias, em abril de 2014, durante sua primeira prisão. O juiz relator da ação, Jeferson Schneider, da Quinta Vara da Justiça Federal de Mato Grosso, emitiu sentença na tarde desta quarta-feira (03). Eder está preso desde o dia 5 de dezembro.

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Eder Moraes cumpre sua terceira ordem de prisão, sendo todas elas por deflagrações de fases da "Operação Ararath", (5ª, 7ª e 10ª fase) cujas investigações o apontavam como principal arquiteto de um esquema que teria movimentado mais de meio bilhão de reais. 

Durante a segunda operação, a Polícia Federal informou que Eder teria realizado “supostas operações imobiliárias fraudulentas, com valores inferiores aos praticados no mercado, sempre em nome de terceiros (laranjas), com o notório intuito de ocultar a real propriedade e impedir o cumprimento de decisão judicial de sequestro / arresto de bens”.

Solto em 14 de agosto de 2015, Eder Moraes voltou a ser preso quando deflagrada a 10ª fase da "Operação Ararath", por haver violado por 92 vezes em 60 dias a tornozeleira eletrônica que permitia ao sistema penitenciário monitorar seus passos. Segundo a PF, ele deixou que o equipamento ficasse sem bateria por longos períodos. Em um deles, chegou a ficar descarregado por quatro horas e 40 minutos e precisou retornar ficar permanentemente preso no Centro de Custódia de Cuiabá (CCC).

Ele já foi condenado a 69 anos e três meses de prisão em regime fechado e ainda ao pagamento de 1.404 dias / multa. A decisão é também do juiz Jeferson Schneider, e compreende os crimes de lavagem de dinheiro, falsificação de documentos e operação de instituição financeira sem a devida autorização.

Entenda o Caso:

A primeira etapa da "Operação Ararath" foi deflagrada no dia 12 de novembro de 2013, quando a Polícia Federal cumpriu 11 mandados de busca e apreensão para coletar provas materiais e dar continuidade nas investigações de um suposto esquema montado de lavagem de dinheiro e um sistema paralelo 'financeiro' com a única finalidade de 'abastecer' a determinado grupo político do Estado.

O total dos prejuízos causados por denunciados na Ararath já somam R$ 139,6 milhões, aponta lista publicada pelo Ministério Público Federal, por meio da Procuradoria da República em Mato Grosso, nesta 21ª fase da “Operação Ararath”, que apura esquemas de lavagem de dinheiro e a criação ilícita de um sistema 'financeiro' paralelo para abastecimento de grupos políticos no Estado. Do total, 100% já foram bloqueados pela justiça para seqüestro de bens, arresto e hipoteca legal, para fins de ressarcimento dos cofres públicos. Dos 11 processos, 7 envolvem o ex-secretário de Estado, Eder Moraes, cujos prejuízos são avaliados em, aproximadamente, R$ 132 milhões.
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