Após dois dias detido no Centro de Custódia de Cuiabá, o ex-secretário de Administração, César Zílio, foi transferido na manhã de hoje, 13, para uma unidade do Corpo de Bombeiros. Ex-gestor durante o governo de Silval Barbosa (2010/2014), ele foi preso preventivamente na sexta-feira, 11, acusado de participar um esquema de lavagem de dinheiro de R$ 13 milhões. A ação foi realizada pela Delegacia Fazendária de Mato Grosso durante a segunda fase da operação Sodoma.
Como é advogado, Zílio possui o direito de permanecer em Sala de Estado Maior. Frente a inexistência da mesma, foi encaminhado para uma unidade do Corpo de Bombeiros. Ele deixou o Centro de Custódia por volta das 9h30 e foi encaminhado até o Instituto Médico Legal (IML) para ser submetido a Exame de Corpo Delito. Posteriormete, acompanhado de agentes prisionais, César foi levada para a sede do 1º Batalhão do Corpo de Bombeiros, no bairro Verdão. Ele chegou à unidade pouco antes das 11h da manhã deste domingo, 13.
O quartel abrigou também Silval Barbosa que permaneceu no local entre 17 de setembro de 2015 e o dia 5 de outubro. Ele havia sido transferido pela juíza Selma Arruda (titular da 7ª Vara Criminal). No entanto, após vistoria realizada em conjunto com a Secretaria de Segurança Pública (Sesp) ela reavaliou a decisão por considerar o local inadequado, já que não existem muros. Além disso, os portões são ‘largos’, não existe controle e visitas e nem quanto a uso de aparelhos celulares.
Ao Olhar Direto, o advogado Ulisses Rabaneda informou que a primeira tentativa de transferência (ainda na sexta-feira) foi negada pela Justiça. No entanto, em defesa das prerrogativas do cliente, ele acionou a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/MT) que impetrou um HC solicitando a transferência.
Zílio é o terceiro ex-gestor de Silval Barbosa (PMDB) a ser preso em um período de seis meses na Sodoma. Além dele, Pedro Nadaf e Marcel de Cursi também foram alvo das investigações, assim como o ex-governador, mas ambos na primeira fase.
TV Gazeta
Para a Polícia, César é beneficiário de um esquema que empregou que captou recursos das empresas Consignum, Editora Deliz E.P. da Silva ME, EGP da Silva ME, e a mpresa Webtech Software e Serviços LTDA EPP, para um esquema de lavagem de dinheiro.
Segundo a Polícia, ele lucrava mediante pagamentos realizados por meio de cheques de terceiros que mantinham contratos de prestação de serviços firmados com o Estado de Mato Grosso quando o mesmo exercia a função de secretário de Administração na gestão Silval Barbosa (2010-2014).
A investigação da Polícia aponta ainda que no ano de 2011, quando o arquiteto José da Costa Marques acompanhava a construção da atual residência de César Zílio, localizada no Condomínio Florais dos Lagos, recebeu vários cheques de emissão da Consignun, entregues por Cesár para saldar a aquisição de materiais de construção utilizados naquela obra. Para a Policia, a aquisição do imóvel visou apenas ocultar a origem ilícita do dinheiro utilizado pela organização e que visava, também, ocultar a própria identidade dos seus componentes.
Colaborou André Garcia
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