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Sexta-feira, 03 de maio de 2024

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Onze integrantes da gestão Silval presos suspeitos de corrupção em MT; valor desviado pode chegar a R$ 600 mi

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Silval Barbosa

Silval Barbosa

Eder Moraes, Elpídio Spiezzi, José de Jesus Nunes Cordeiro, Pedro Nadaf, Marcel de Cursi, Afonso Dalberto, César Zílio, Silvio Corrêa, Pedro Elias, Francisco Lima e Roseli Barbosa. Todos os nomes, antigos componentes do governo Silval Barbosa, sofreram prisões preventivas nos últimos dois anos por suspeita de corrupção. Números preliminares revelam que o grupo pode ter desviado cerca de R$ 600 milhões dos cofres públicos.

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O ex-secretário de Fazenda Eder Moraes foi o primeiro dos nomes a ser preso. O político é figura central da Operação Ararath, que investiga um rombo de aproximadamente R$ 500 milhões por meio de um sistema financeira ilegal. Conforme o Ministério Público Federal, os valores eram empregados para o financiamento de interesses políticos em Mato Grosso.

Elpídio Spiezzi, ex-assessor especial da Secretaria de Comunicação de Mato Grosso (Secom-MT), e o ex-secretário-adjunto de Administração de Mato Grosso, José de Jesus Nunes Cordeiro, foram presos em dezembro de 2014 durante a operação 'Edição Extra', desencadeada contra fraude em uma licitação no valor de R$ 40 milhões para a prestação de serviços gráficos ao governo estadual.

No ano de 2015, Roseli Barbosa passou por dificuldades devido a Operação Ouro de Tolo: a ex-primeira-dama foi presa preventivamente no dia 20 de agosto, em São Paulo, em consequência de um suposto esquema de corrupção valorado em R$ 8 milhões na Secretaria Estadual de Trabalho e Assistência Social (Setas).

Pedro Nadaf e Marcel de Cursi, respectivamente ex-secretários de Casa Civil e Fazenda, foram denunciados inicialmente por participação em um esquema para concessão de incentivos fiscais na ordem de aproximadamente R$ 2 milhões.

Nadaf ainda é réu em processo da Operação Seven por uma compra irregular de um terreno na Região do Manso: gasto avaliado em R$ 7 milhões. O ex-presidente do Instituto de Terras de Mato Grosso (Intermat), Afonso Dalberto, também citado como parte na Seven. Novamente o nome de José de Jesus Nunes Cordeiro aparece nos autos.

Além das já referidas acusações e ações, os ex-secretários Cursi e Nadaf integram denúncia do Ministério Público na segunda fase da “Operação Sodoma”, por transação irregular de R$ 13 milhões. César Zílio, ex-secretário de Administração, é apontado como grande beneficiário na suposta compra de um terreno nas proximidades da casa de shows Musiva, em Cuiabá.

Na mais recente Operação, a Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Contra Administração Pública (Defaz) de Mato Grosso deflagrou na tarde do dia 22 a terceira fase da Sodoma. O procedimento tem como alvo Sílvio Corrêa, ex-chefe de gabinete de Silval Barbosa, e Pedro Elias que atuou como secretário de Administração. Novamente José de Jesus Nunes Cordeiro foi citado, entregando-se para ser preso nesta quarta-feira (23). 

Francisco de Andrade Lima, o Chico Lima, ex-procurador, é figura que faz parte dos autos da Operação Sodoma (primeira fase) e Seven.

A expectativa, após conclusão de todos os processos, é que os quase R$ 600 milhões supostamente desviados na gestão Silval Barbosa sejam devolvidos aos cofres públicos estaduais. Novas operações são esperadas e, assim, os valores  da ingrata conta deverão aumentar.
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