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Sábado, 04 de maio de 2024

Notícias | Criminal

SODOMA

Empresário foi obrigado a assinar contrato de terreno avaliado em R$ 13 milhões para encobrir extorsão

Foto: Rogério Florentino Pereira/OD

O empresário Willians Mischur contou à polícia sobre propina paga para manter contrato

O empresário Willians Mischur contou à polícia sobre propina paga para manter contrato

O empresário Willians Paulo Mischur foi obrigado a assinar contratos de compra de um terreno avaliado em R$ 13 milhões para encobrir valores de extorsão cobrados pelo ex-secretário de Administração de Mato Grosso, César Zílio. As informações constam no depoimento prestado por Mischur à Delegacia Fazendária de Cuiabá.

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Conforme o documento de declaração, César Zílio teria procurado o empresário informando que os cheques entregues como forma de extorsão teriam “aparecido”. Assim, Maschur precisaria “auxiliar” na resolução do problema.

Foi neste contexto que Zílio apresentou o contrato de compra de um terreno, próximo a Musiva, em Cuiabá, avaliado em R$ 13 milhões. O empresário aparecia no documento como “parceiro comprador”, juntamente com o arquiteto José Costa Marques, o ex-secretário e seu pai, Antelmo Zílio. A manobra serviria para dar aparência de legalidade ao crime.

Em 2015, um novo contrato teria sido formulado, neste, somente Antelmo figurava como comprador do terreno. Ainda conforme as declarações de Mischur, em todos os encontros Zílio transparecia intenso nervosismo.

O Caso


O suposto caso de compra de um terreno para encobrir valores de extorsão foi posto à luz pela segunda fase da operação Sodoma. Willians Paulo Mischur e César Zílio foram presos. O empresário prestou depoimento e foi liberado um dia depois por força de decisão judicial.

Mischur, conforme a investigação, pagou ao longo de 2011 a 2014 propinas mensais em montantes que variavam entre R$ 500 mil a R$ 700 mil.

As afirmações do empresário geraram, na última terça-feira (22), a terceira fase da Sodoma. Na ocasião, um novo mandado de prisão foi expedido contra o ex-governador de Mato Grosso, Silval da Cunha Barbosa, apontado como grande chefe do esquema.
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