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OPERAÇÃO VENTRÍLOQUO

Juíza marca data para instalar tornozeleira em advogado por suposto desvio de R$ 9,6 milhões

19 Abr 2016 - 14:28

Da Redação - Paulo Victor Fanaia Teixeira

Foto: Rogério Florentino Pereira/OD

Juíza marca data para instalar tornozeleira em advogado por suposto desvio de R$ 9,6 milhões
A juíza da Sétima Vara Criminal, Selma Arruda, determinou para o próximo dia 25 a audiência admonitória que irá instalar o dispositivo de tornozeleira eletrônica no réu Júlio César Domingues Rodrigues, advogado acusado de compor o grupo que teria desviado cerca de R$ 9,6 milhões dos cofres da Assembleia Legislativa (AL). Rodrigues obteve alvará de soltura durante a última audiência da “Operação Ventríloquo”, na última sexta-feira (15).

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Além de ter participado como "lobista", segundo aponta o Ministério Público Estadual (MPE), o advogado ficou conhecido na imprensa pelas graves revelações feitas contra os supostos mentores do esquema, dentre eles o ex-deputado estadual, José Geraldo Riva. Ambos estavam presos no Centro de Custódia da Capital (CCC).

De acordo com Rodrigues, Riva teria lhe atormentado lá, buscando evitar que revelações contra ele e o deputado Romoaldo Junior (PMDB) fossem levadas a público. Ele ainda fez graves acusações contra a Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), responsável pelo CCC: “O diretor do CCC agia como um funcionário de Riva”.

Histórico:

Júlio César foi preso por agentes do Gaeco por suposto envolvimento em um esquema de fraudes de R$ 9,6 milhões na Assembleia. Os fatos foram investigados na Operação Ventríloquo.

Segundo o (Gaeco), a ALMT contratou um seguro junto ao antigo Bamerindus Companhia de Seguros na década de 90 (hoje HSBC, que o incorporou), porém, não quitou os valores devidos, o que levou à Seguradora ingressar com a ação de execução no ano de 1997.

Passados quinze anos, em meados de 2012, com a ação judicial ainda em andamento, o advogado Julio Cesar Domingues Rodrigues, supostamente atendendo aos ditames dos demais integrantes do bando criminoso, procurou Joaquim Fabio Mielli Camargo se dizendo intermediário da ALMT e se colocando à disposição para negociar referidos valores; aduzindo, em seguida, já no ano de 2013, que o Procurador-Geral daquele órgão daria parecer favorável, ocasião em que fora protocolado requerimento administrativo de pagamento do débito junto à ALMT e que deu origem ao Processo Administrativo nº 45/2013.

Segundo os promotores, entre os meses de fevereiro à abril de 2014 os denunciados subtraíram cerca de R$ 9,5 milhões em proveito próprio e alheio valendo-se da condição de funcionários públicos de alguns de seus membros.
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