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Sábado, 04 de maio de 2024

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Gaeco deve oferecer denúncia sobre 'leilões' na Seduc na próxima semana; lavagem de dinheiro é alvo

Foto: Rogério Florentino Pereira/ Olhar Direto

Gaeco deve oferecer denúncia sobre 'leilões' na Seduc na próxima semana; lavagem de dinheiro é alvo
O promotor Marco Aurelio de Castro, coordenador do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), informou que a equipe deve concluir a primeira fase da Operação Rêmora nos próximos dias e oferecer denúncia à Justiça no início da próxima semana. Entre as novidades apuradas nos últimos dez dias, após a deflagração da operação, estão indícios de lavagem de dinheiro.

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O depoimento do empresário Giovani Guizardi, dono da Construtora Dínamo, que está sendo realizado nesta sexta-feira (13), encerra as oitivas da primeira fase da operação. Ele é suspeito de recolher a propina entre empreiteiros e repassar a funcionários da Secretaria de Estado de Educação (Seduc) pra fraudar licitações, em um total de 23 obras em escolas, que somaram R$ 56 milhões.

“A questão do cartel já está resolvida. Estamos investigando também a possibilidade de lavagem de dinheiro, para descobrir quem recebeu esse dinheiro movimento no esquema”, explicou o promotor à reportagem do Olhar Direto.

Na última quinta-feira (13), ele havia declarado à imprensa que outras pastas poderiam ser alvo de investigação. O fato de Guizardi manter contratos com a Secretaria de Estado de Infraestrutura (Sinfra) chamou a atenção do Gaeco, e será objeto de apuração, afinal, mesmo sendo apontado como operados do esquema na Seduc, Guizardi não tinha contratos na pasta. “O empresário tem contrato com a Sinfra, e se operava em contratos que não tinha gestão, me surge uma dúvida se os contratos com a Sinfra não precisam ser avaliados sob a ótica da corrupção”, disse o promotor na ocasião.

O esquema de corrupção desnudado até o momento envolve três agentes públicos: Fábio Frigeri, Moisés Dias da Silva, além de Wander Luiz. O empresário Giovani, segundo o MPE, era o responsável por gerenciar o esquema e receber as propinas. “Temos provas cabais”, disse Marco Aurélio. As reuniões onde as licitações eram ‘leiloadas’ foram gravadas. Existem suspeitas de que pelo menos 23 obras, avaliadas em R$ 56 milhões, foram alvos do grupo. O esquema veio à tona depois da denúncia de um empresário de que para poder concorrer aos certames teria de desembolsar 3% em propina.
 
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