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GRUPO DE EXTERMÍNIO

PM acusado de compor "Grupo de Extermínio" pede liberdade no TJMT

16 Mai 2016 - 08:58

Da Redação - Paulo Victor Fanaia Teixeira

Foto: Rogério Florentino Pereira/OD

PM acusado de compor
Está protocolizado na Primeira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) o recurso que pede liberdade para Vagner Dias Chagas, acusado de compor um grupo de extermínio responsável por uma onda de assassinatos a jovens do bairro Cristo Rei, em Várzea Grande. O réu está preso desde o dia 26 de abril. O HC será julgado pelo desembargador Marcos Machado.

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O recurso foi protocolizado na última quinta-feira (12) e já se encontra concluso para o relator. A defesa do réu, representada pelo advogado Anderson Rossini Pereira, manifesta não haver requisitos necessários para a ordem de prisão. Alega que a prisão de Vagner Dias Chagas fere a legalidade, pedindo, assim, que se revogue a prisão ou que o réu seja transferido para unidade prisional do batalhão de Rondas Ostensivas Tático Móvel (Rotam).

Vagner Dias Chagas foi preso por conta da “Operação Mercenários”, deflagrada no mesmo dia de sua prisão, pela Polícia Militar de Mato Grosso. Além do requerente, outras 16 pessoas foram formalmente acusadas de compor um ‘Grupo de Extermínio’. Entre os detidos estão seis policiais militares e seis vigilantes. Todos os militares presos são lotados junto ao Comando Regional II (Várzea Grande). A operação também resultou na apreensão de 19 armas e mais de 600 munições.

A maioria das ordens de prisão foram cumpridas no bairro Cristo Rei, alvo de inúmeros crimes que possuem o mesmo modo de atuação, homens encapuzados que chegam em veículos e disparam. Normalmente, as vítimas são homens e com idade entre 18 e 25 anos e têm passagens pela polícia.

De acordo com o secretário de Segurança Pública, delegado Rogers Jarbas, pelo menos 40% das mortes em Várzea Grande, desde o ano de 2013, teriam sido cometidas pelo grupo. Ele revelou que alguns dos integrantes atuavam há pelo menos três anos como mercenários: “Já havia a suspeita de que alguns dos integrantes deste grupo atuavam desde 2013, em Várzea Grande. Ninguém, em nenhuma instituição, concorda com este tipo de postura. Ninguém está acima da Lei, cabe a nós prendê-los”.
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