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Sábado, 04 de maio de 2024

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DECISÃO

Juiz nega absolvição sumária a advogados, empresário e ex-tesoureiro do PMDB investigados na Ararath

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Juiz nega absolvição sumária a advogados, empresário e ex-tesoureiro do PMDB investigados na Ararath
O magistrado Jeferson Schneider, da 5ª Vara Federal em Mato Grosso, deixou de absolver sumariamente, em duas ações da Operação Ararath, o empresário do ramo gráfico Renato Novacki, os advogados Alex Tocantins Matos e Kleber Tocantins Matos, e o ex-tesoureiro do PMDB, Carlos Roberto Rineiro de Miranda. As decisões foram estabelecidas no último mês de abril.

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Conforme os autos, o Ministério Público Federal (MPF) detalha que Novacki agia a mando do então secretário de Estado de Fazenda Éder Moraes para “lavar dinheiro”. O empresário, segundo o MPF, contraia empréstimos junto ao Bic Banco e repassava o dinheiro para o pagamento de dívidas da organização criminosa.

Os empréstimos, depois, eram pagos por construtoras com parte do dinheiro recebido por serviços prestados ao Governo do Estado. O envolvimento da WM Comunicação, empresa de Novacki, ocorreu em 2008, quando de um empréstimo de R$ 200 mil junto ao Bic Banco.

No segundo processo, os advogados Alex Tocantins Matos e Kleber Tocantins Matos, e o ex-tesoureiro do PMDB, Carlos Roberto Rineiro de Miranda, foram denunciados por lavagem de dinheiro para tentar ocultar a destinação de R$ 1,1 milhão designado à pessoas ligadas ao partido.

Segundo o MPF, Alex e Kleber combinaram o pagamento de propina com o Éder Moraes para que o governo pagasse precatório de R$ 19 milhões devidos à empresa Hidrapar. O montante foi depositado na conta corrente dos advogados e procuradores legais da empresa.

Parte desse dinheiro tinha que chegar, segundo o órgão ministerial, até pessoas ligadas ao PMDB. Então, para fazer a lavagem do dinheiro, o ex-tesoureiro, com o auxílio de seus irmãos Edson Ribeiro de Miranda e José Gonçalo de Miranda, falsificou um contrato de gaveta para simular a venda de uma fazenda no município de Pontes e Lacerda (MT) para o escritório de advocacia Tocantins Advocacia S/A e receber o valor de R$ 1,1 milhão.

Ainda de Acordo com o MPF, para pagar pela propriedade de existência física desconhecida pelos próprios contratantes, os irmãos e novos proprietários transferiram o dinheiro para a conta bancária da mãe de Carlos Roberto de Miranda, assim o dinheiro ficaria facilmente acessível para ser usado de acordo com os interesses do partido político que ele representava.
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