Olhar Jurídico

Sábado, 18 de maio de 2024

Notícias | Criminal

15 ANOS DE PRISÃO

Apesar da condenação, defesa de mandante de assassinato de Auro Ida considera decisão "justa"

08 Jul 2016 - 15:00

Da Redação - Paulo Victor Fanaia Teixeira

Foto: Rogério Florentino Pereira/OD

Tribunal do Júri

Tribunal do Júri

Ao final da audiência que condenou a 15 anos de prisão em regime fechado o réu Rubens Alves de Lima por ser mandante do assassinato do jornalista Auro Ida, nesta quinta-feira (07), no Tribunal do Júri, em Cuiabá, a defesa do condenado conversou com exclusividade com Olhar Jurídico. Segundo eles, apesar da sentença desfavorável, a pena aplicada foi adequada. O crime aconteceu em julho de 2011 motivado por questões ”passionais”. A vítima foi atingida por seis disparos de arma de fogo e morreu no local, no bairro Jardim Fortaleza, em Cuiabá.


Leia mais:
Justiça condena a 15 anos de prisão assassino de jornalista Auro Ida

“Na verdade a defesa esperava uma absolvição, até pelo que foi colocado dentro do plenário. Mas, em termos de condenação, foi uma condenação justa dada pela douta magistrada”, disse o advogado Luciano Augusto, que junto ao advogado Augusto César, representaram o condenado Rubens Alves de Lima, referindo-se a pena aplicada, que consideraram adequada. Isto porque em casos semelhantes as penas podem chegar a até 30 dias de prisão.

A defesa sustentou, ao longo das 10 horas de julgamento, que não havia qualquer prova da culpa do acusado. “Quando peguei o seu processo me deparei com tamanha injustiça. Como técnico me debrucei no processo e não consegui extrair uma só prova de sua participação nesse delito”, disseram ao júri.

Ainda, teceram a suspeita de que Auro Ida tivesse, a bem da verdade, sido morto por motivos políticos, dado que trabalhava nesta editoria no jornalismo mato-grossense. Por fim, apelaram trazendo graves acusações contra a vítima e sua vida amorosa pregressa.

Chegaram ainda a tecer críticas ao inquérito elaborado sobre o crime. “Tudo no diz que me diz. Um trabalho mal feito da Polícia Judiciária Civil, esse foi um processo porcamente elaborado pela PJC. Lamentavelmente o MPE reproduziu o erro da policia”, diz.

Mas não teve jeito, próximo das 23h, saiu a sentença, 15 anos de reclusão em regime fechado para Rubens Alves de Lima, conforme qualificado nos autos, nas sanções do artigo 121, § 2º, incisos I e IV, do Código Penal, com as implicações da Lei 8.072/1990, alterada pela Lei nº 11.464/2007.

Rubens teve seu processo desmembrado dos demais coautores do crime. Alessandro Silva da Paz, também acusado de ser mandante do crime, foi julgado em dezembro de 2013 e condenado a 16 anos e seis meses de reclusão. O executor, Evair Peres Madeira Arantes, foi a júri em agosto de 2013 e recebeu a pena de 15 anos e seis meses de reclusão.

Segundo o processo, Auro e a namorada Bianca Nayara Corrêa de Souza estavam dentro do carro dele, estacionado em frente a casa dela, quando foram abordados por Evair. Ele “ordenou a saída de Bianca do automóvel e - numa ação que retirou qualquer possibilidade defensiva do executado - efetuou disparos certeiros contra a vítima”.

Conforme a investigação, o crime teria sido motivado pelo sentimento misto de posse e ciúmes de Rubens pela ex-companheira Bianca, então namorada do jornalista.


Você acompanha o relato completo da audiência neste link.
Entre em nossa comunidade do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui

Comentários no Facebook

Sitevip Internet