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Quinta-feira, 23 de maio de 2024

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SEXTA TURMA

STJ não observa ligação entre Ararath e Célula Mãe e mantém ação contra Riva

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

STJ não observa ligação entre Ararath e Célula Mãe e mantém ação contra Riva
O ministro Rogerio Schietti Cruz, da Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça, negou pedido liminar impetrado pela defesa do ex-deputado estadual José Geraldo Riva que buscava comprovar a incompetência da Justiça Estadual de Mato Grosso em julgar a ação penal proveniente da “Operação Célula Mãe”. A decisão liminar é do dia 4 de julho.


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A negativa mantém entendimento da Terceira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso que, sob relatoria do desembargador Juvenal Pereira da Silva, não observou semelhança.

Os advogados de defesa do ex-deputado argumentavam, no habeas corpus, que os delitos apurados teriam ligação com os fatos descritos no inquérito da “Operação Ararath”, que tramitava no Supremo Tribunal Federal.

Assim, a ação penal da Célula mãe seria jurisdição da Justiça Federal de MT.

“Bradam que as investigações que subsidiaram o oferecimento da exordial acusatória pelo Ministério Público tiveram início a partir do compartilhamento dos elementos de prova coligidos no âmbito do inquérito nº. 3842, em trâmite perante o Supremo Tribunal Federal, sob a relatoria do eminente Ministro Dias Toffoli”, esclarece os autos.

No inquérito da Ararath, Toffoli foi o responsável por desmembrar o processo, seguindo parecer do procurador geral da República, Rodrigo Janot. A deliberação manteve apenas as investigações contra o Senador Blairo Maggi no STF. Sem prerrogativa de foro desde que deixou a Assembleia Legislativa, os autos referentes a Riva foram enviados à Justiça Federal de Mato Grosso.

O processo da Célula Mãe é conduzido pela magistrada Selma Rosane Arruda, da Sétima Vara Criminal de Cuiabá. No caso, Riva foi detido preventivamente no dia 13 de outubro de 2015.

Célula mãe

De acordo com a denúncia fruto da “Célula mãe”, Riva era o mentor de um conchavo que teria lesado os cofres públicos em cerca de R$2,6 milhões, entre 2010 e 2014, desviando as extintas “verbas de suprimento de fundos”, destinadas, na época, para pequenos gastos mensais de cada gabinete, com valores entre R$ 4 mil e R$ 8 mil.

São réus nesta ação, além de Riva: Maria Helena Ribeiro Ayres Caramelo, Geraldo Lauro, Hilton Carlos da Costa Campos e Marisol Castro Sofré.

“Objetivo de saquear os cofres públicos, notadamente recursos públicos da Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso, apropriando-se ilicitamente de seus numerários em proveito próprio e alheio - Determinação para que atestassem falsamente o recebimento de mercadorias, bem como assinassem prestações de contas fictícias, fazendo inserir declaração falsa da que devia ser escrita em documentos públicos, com o fim de criar obrigação e alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante. Teriam simulado compras inexistentes para desviar recursos advindos da verba especial denominada ‘suprimentos de fundos’ da Casa de Leis Estadual”, afirma o Ministério Público, autor da ação.

Ararath


A Operação Ararath investiga um complexo esquema de lavagem de dinheiro - cuja estimativa de movimentação ultrapassa R$ 500 milhões – para o ‘financiamento’ de interesses políticos no Estado. Uma lista apreendida pela PF aponta que pelo menos 70 empresas utilizaram ‘recursos’ oriundos de esquemas fraudulentos de empréstimos.

No inquérito, além de Riva, constam nomes como: Marcos Regenold, Roberto Seror, Paulo Prado Humberto Bosaipo, Silval Barbosa, Eder Moraes, João Virgílio, Jenz Prochnow, Dorgival Veras de Carvalho, Mauro Mendes, Gilmar Fabris, Sérgio Ricardo, Evandro Stábile e Blairo Maggi.
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