O ex-presidente do Instituto de Terras de Mato Grosso (Intermat) Afonso Dalberto contou em depoimento prestado ao Ministério Público Estadual (MPE) que recebeu propina no valor de R$ 500 mil, em duas parcelas de 250 mil, do ex-secretário Pedro Nadaf.

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Afonso Dalberto afirmou que as parcelas foram pagas em duas ocasiões, quando Nadaf o chamou da sede da Casa Civil e sacou de seis a cinco cheques do bolso.

Em sua delação, o ex-presidente também confessou que após ter recebido o montante da propina, teve a ideia de emprestar o valor a um amigo chamado Luciano Candido do Amaral. Os juros seriam de 1% ao mês e o valor foi pago, segundo o investigado, integralmente por Luciano.

Sobre o pagamento do empréstimo, Dalberto contou que o valor foi pago de maneira “pulverizada” através de transferências nas contas bancárias de sua filha e de sua esposa. Outra conta que recebeu o valor foi a da empresa Agropecuária Pedro Emílio Ereli. Em outra ocasião anterior à delação, no entanto, o ex-presidente do Intermat contou que o dinheiro depositado nas contas de sua filha e de sua esposa seria devido a “venda de gados”.

Operação Seven

Conforme as constatações feitas pelo Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco), o valor da propina serviu para que Afonso Dalberto agilizasse a compra fraudulenta de uma área de 3,2 mil hectares localizada na região do Lago do Manso, no valor de R$ 1,8 milhões. Os fatos são investigados pela Operação Seven que foi deflagrada pelo Gaeco.