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FLAGRADO PELA POLICIA FEDERAL

Desembargadores do TRE-MT decidirão sobre abertura de investigação contra Mauro Savi por crime eleitoral

13 Set 2016 - 17:50

Da Redação - Paulo Victor Fanaia Teixeira

Foto: Rogério Florentino Pereira/OD

Mauro Savi

Mauro Savi

Está nas mãos do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT) a abertura de investigação contra o deputado Mauro Savi (PSB) por prática de crime eleitoral eleitoral. O parlamentar foi flagrado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) com cerca de R$ 24 mil em espécie e inúmeros “santinhos” de um candidato a prefeito do município de Sorriso (a 400 km de Cuiabá), na tarde desta segunda-feira (12), na mesma cidade. 

O procedimento policial foi concluído e recebido pelo TRE-MT na manhã desta terça-feira (13). Maria Helena Póvoas, presidente do órgão, aguarda manifestação do Procurador Regional Eleitoral do Estado de Mato Grosso (PRE-MT), Douglas Guilherme Fernandes, para solicitar distribuição eletrônica do processo, a fim de que um desembargador o julgue..

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Ao Olhar Jurídico, a Delegacia de Polícia Federal em Sinop (MT) esclareceu que todo o procedimento investigatório foi realizado na cidade. Ao final, o deputado Mauro Savi foi liberado e seus pertences, incluído o dinheiro, foram devolvidos. Por prerrogativa de foro, o político possui direito de não se manifestar na ocasião, o que foi feito.

Conforme explicado pela polícia, por se tratar de um flagrante eleitoral, não existe a possibilidade de abertura de inquérito “de oficio”, isto é, sem determinação judicial. Desse modo, o relatório do fato foi entregue ao TRE-MT. Ainda, por se tratar de suspeito com foro privilegiado, eventual pedido de instauração de inquérito só deverá ser realizado pelo próprio presidente do órgão judicial, no caso, Maria Helena Póvoas.

A manifestação do procurador Douglas Guilherme Fernandes poderá ser feita ainda esta semana.

A equipe do candidato a prefeito, Dilceu Rossato, afirmou que irá aguardar o depoimento oficial do mesmo para se manifestar a respeito do material e dos recursos apreendidos. Foi ressaltado ainda que não houve qualquer ordem de prisão, mas apenas a solicitação para prestar esclarecimentos na sede da Polícia Federal de Sinop.

Mauro Savi, por sua vez, considerou a ação da PRF um “abuso de poder” e explicou que o dinheiro em seu poder era lícito e destinava-se a despesas pessoas, referentes a campanha, como hospedagem e alimentação. Ao longo de uma coletiva realizada na manhã de hoje (13), o deputado também reforçou ter comparecido espontaneamente à delegacia de Sinop, embora creia ter sido vítima de uma “armação”.
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