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Terça-feira, 07 de maio de 2024

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DECISÃO

João Emanuel é preso pela 2ª vez em menos de trinta dias por ordem de juíza

Foto: Rogério Florentino Pereira/ Olhar Direto

João Emanuel é preso pela 2ª vez em menos de trinta dias por ordem de juíza
O ex-vereador de Cuiabá, João Emanuel, foi preso na tarde desta sexta-feira (16). A detenção foi estabelecida após cumprimento de mandado expedido pela magistrada Selma Rosa Arruda, da Sétima Vara Criminal.

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O ex-vereador foi encaminhado ao Centro de Custódia de Cuiabá após resultado de um exame confirmar um bom estado de saúde do político. Emanuel teve prisão preventiva decretada em conseqüência da Castelo de Areia, no dia 26 de agosto.

No caso, por supostos crimes de estelionato, a defesa do réu protocolizou habeas corpus afirmando que Emanuel havia sido submetido à intervenção cirúrgica um dia antes. Pedro Sakamoto, como plantonista no lugar de Orlando Perri, concedeu a domiciliar no dia 27 de agosto.

O novo laudo médico apontou que João Emanuel não necessita de cuidados especiais e está apto para sair do repouso pós-operatório e ficar recolhido na cadeia. “Não vemos qualquer fator de risco que impeça seu recolhimento no CCC [...]”, afirma trecho do documento assinado pelo urologista Geraldo Costa Marques Bumlai.

De acordo com o Gaeco (Grupo de Combate ao Crime Organizado), a prisão preventiva foi decretada nos autos da ação penal resultante da operação Aprendiz, em virtude da reiterada prática criminosa do ex-parlamentar. Esta é a segunda vez que João Emanuel é preso pelo Gaeco. A primeira prisão ocorreu em março de 2014.

Sobre a “aprendiz”, onde o pedido segue em aberto,são apurados crimes de peculato e de formação de quadrilha, referentes a desvios da Câmara de Vereadores de Cuiabá, no montante de R$ 1.542.075,76.

A castelo de areia

O Ministério Público do Estado de Mato Grosso ofereceu na segunda-feira (12) denúncia relacionada à operação “Castelo de Areia”, realizada pela Polícia Judiciária Civil. Ao todo, foram denunciadas oito pessoas por constituição de organização criminosa e estelionato. Entre os nomes estão o do ex-vereador João Emanuel Moreira Lima, o juiz aposentado Irênio Lima Fernandes (pai de João Emanuel) e o advogado Lázaro Roberto Moreira Lima (irmão do ex-vereador).

A inicial foi formulada por meio do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco). Contam ainda como nomes arrolador: os empresários Walter Dias Magalhães Júnior, Shirlei Aparecida Matsouka Arrabal e Marcelo de Melo Costa; o contador Evandro José Goulart; e o comerciante Mauro Chen Guo Quin.

Consta na denúncia, que os acusados praticaram golpes milionários por intermédio das empresa American Business Corporation Shares Brasil Ltda e Soy Group Holdin America Ltda.

Referidas pessoas jurídicas atuavam, em tese, no ramo de mercado financeiro com a captação de recursos no exterior, cujas taxas de juros teriam, supostamente, valor inferior ao praticado no Brasil, atraindo, assim, o interesse de investidores, agricultores e empresários.

João Emanuel foi preso preventivamente no dia 26 de agosto. Mas teve prisão preventiva convertida à domiciliar, em decisão de Pedro Sakamoto, após alegar problemas de saúde.


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