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Terça-feira, 07 de maio de 2024

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DECISÃO

Juiz decreta prisão preventiva de mato-grossense e mais sete por terrorismo e ligação com o Estado Islâmico

Foto: Rogério Florentino Pereira/ Olhar Direto

Juiz decreta prisão preventiva de mato-grossense e mais sete por terrorismo e ligação com o Estado Islâmico
O juiz federal Marcos Josegrei da Silva converteu as prisões temporárias dos oito denunciados na Operação Hashtag em preventivas. Assim, os acusados ficarão detidos por tempo indeterminado. Entre os denunciados pelo Ministério Público Federal (MPF), na última sexta-feira (16) está o mato-grossense Leonid El Kadre de Melo.

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Os outros nomes são Alisson Luan de Oliveira, Oziris Moris Lundi dos Santos Azevedo, Israel Pedra Mesquita, Levi Ribeiro Fernandes de Jesus, Hortêncio Yoshitake, Luís Gustavo de Oliveira e Fernando Pinheiro Cabral. Conforme o órgão ministerial, os nomes estão envolvidos em atos de recrutamento e promoção de organização terrorista identificados antes da realização dos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro.

Os oito responderão pelos crimes de promoção de organização terrorista (art. 3.º da Lei n.º 13.260/2016 - Lei Antiterrorismo) e associação criminosa (art. 288 do Código Penal). Alisson Luan de Oliveira, Leonid El Kadre de Melo, Oziris Moris Lundi dos Santos Azevedo, Israel Pedra Mesquita e Hortêncio Yoshitake também são denunciados por incentivo de crianças e adolescentes à prática de atos criminosos (art. 244 do Estatuto da Criança e Adolescente), e Leonid El Kadre de Melo ainda responde por recrutamento para organização terrorista (art. 5.º, §1ª, I da Lei n.º 13.260/2016 – Lei Antiterrorismo).

O grupo, integrado por brasileiros, vinha sendo monitorado há algum tempo - principalmente após as autoridades brasileiras receberem um relatório do FBI americano sobre os envolvidos - e seus integrantes foram presos em nove estados (Paraná, Amazonas, Ceará, Paraíba, Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul).

Por meio de quebras de sigilo telefônico, as autoridades rastrearam redes sociais, sites acessados e as mensagens trocadas entre o grupo pelo aplicativo Telegram, e verificaram intensa comunicação entre os integrantes, conclamando interessados a se organizar para prestar apoio ao Estado Islâmico, inclusive com treinamento já em território brasileiro.

De acordo com as investigações, alguns dos envolvidos chegaram a noticiar a realização do “batismo” ao Estado Islâmico, conhecido como “bayat” - juramento de fidelidade exigido pela organização terrorista para o acolhimento de novos membros.

Também foram identificadas mensagens de celular relacionadas à possibilidade de se aproveitar o momento dos Jogos Olímpicos para a realização de ato terrorista (inclusive com diálogos sobre como confeccionar bombas caseiras).
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