Impedido de participar do debate promovido pela filial da Rede Globo em Mato Grosso, TV Centro América, o candidato a prefeito de Cuiabá, Renato Santtana, da Rede Sustentabilidade, ingressou junto ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MT) uma ação contra a emissora. O argumento da empresa é que ele não alcançou a margem de 5% na segunda rodada de pesquisas do IBOPE, divulgada na última semana. Além disso, desde o ano passado as emissoras não são obrigadas a convidar candidatos de partidos que ocupem menos de nove cadeiras na Câmara Federal.

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Este ponto também foi questionado por Renato, uma vez que o candidato do PSOL, Procurador Mauro, poderá participar do debate mesmo sem a representatividade de deputados federais. Na pesquisa ele lidera as intenções de voto na Capital, com 24% do total, enquanto Renato figura na última colocação, com apenas 1%.

"A gente entende que a legislação foi objetiva ao dizer que os partidos que não têm nove deputados federais não podem participar dos debates. Entretanto, existe uma ressalva. As emissoras podem convidar o candidato, o que consiste em um objeto democrático. Mas não é o que está sendo feito. Faz parte do jogo democrático que todos os cidadãos têm direito a ouvir as propostas dos partidos", diz.

Renato explica ainda que o partido não completou nem um ano e que não tem condições da Rede aparecer com representatividade nas pesquisas em tão pouco tempo de campanha. E afirma que essa decisão, da emissora, fere os direitos da democracia. O debate está marcado para o dia 29 de setembro.

"Eles não possuem nove parlamentares assim como nós, mas já participaram de seis eleições, por isso apresenta um índice maior que o nosso nas pesquisas. Já a Rede, irá completar um ano dia 22 deste mês. Não podemos aceitar e por isso judicializamos na Justiça Eleitoral. Ou os seis partidos estejam no debate ou apenas os quatro que tem mais de nove deputados federais, PRB, PSDB, PMDB e PDT", afirma.

Ele ressaltou que essa atitude prejudica a campanha da Rede por não dar oportunidade de apresentar suas propostas. "Devemos apresentar no debate argumentos que ajudam o eleitor a decidir o seu voto. Não aceitamos que calem nossa voz. Agora está nas mãos do judiciário. Esperamos que a justiça sinalize que estamos no século XXI, no tempo da democracia e da transparência. Não podemos voltar ao passado, no tempo da censura, temos que caminhar rumo ao futuro".