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Domingo, 28 de abril de 2024

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SODOMA

Empresário Alan Malouf é denunciado por lavagem de dinheiro e receptação

Foto: Rogério Florentino Pereira/ Olhar Direto

Empresário Alan Malouf é denunciado por lavagem de dinheiro e receptação
O empresário cuiabano Alan Malouf foi denunciado pelo Ministério Público de Mato grosso, em conseqüência da operação Sodoma, em sua quarta fase, por suposta receptação qualificada e lavagem de dinheiro.

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Conforme exposto, na Sodoma foi evidenciado que o pagamento da desapropriação do imóvel conhecido por Jardim Liberdade, localizado nas imediações do Bairro Osmar Cabral, na capital, no valor total de R$ 31.715.000,00 à empresa Santorini Empreendimentos Imobiliários Ltda, se deu pelo propósito específico de desviar dinheiro público do Estado de Mato Grosso em benefício de uma organização criminosa liderada pelo ex-governador Silval da Cunha Barbosa.

Foram denunciados: Silval Barbosa, Marcel de Cursi, Pedro Jamil Nadaf, ex-secretario chefe da Casa Civil, Francisco Gomes de Andrade Lima Filho, procurador de Estado aposentado, Arnaldo Alves de Souza Neto, ex-secretário de Planejamento, Afonso Dalberto, ex-presidente do Intermat, Antônio Rodrigues Carvalho, advogado Levi Machado, o empresário Valdir Piran, Karla Cecilia de Oliveira Cintra, assessora da Fecomércio e José de Jesus Nunes Cordeiro, ex-secretário adjunto de Administração.

Ainda Sílvio Cezar Corrêa Araujo, ex-chefe de gabinete de Silval Barbosa, Pedro Elias Domingos de Mello, ex-secretário de Administração, Rodrigo da Cunha Barbosa, filho do ex-governador, Cesar Roberto Zilio, ex-secretário de administração, Alan Ayoub Malouf e João Justino Paes de Barros, ex-presidente da Metamat.

No contexto, Alan Malouf teria, segundo o MPE, “lavado” aproximadamente R$ 2,1 milhões em proveito dos ex-secretários Pedro Nadaf (R$ 1,5 milhão) e Arnaldo Alves (R$ 620 mil). A lavagem seria efetivada pelo ingresso dos valores na receita rotineira de suas empresas. Pela utilização do capital, Nadaf e Arnaldo receberiam um retorno de 1% ao mês.

Sobre o crime de receptação, Alan Malouf teria recebido cerca de R$ 200 mil como pagamento de uma dívida contraída por Silval Barbosa, junto ao Buffet Leila Malouf. O valor seria corrrespondente a festa de posse do ex-governador, em 2012.

Denúncia

O Ministério Público de Mato Grosso denunciou 17 pessoas por uma suposta fraude na desapropriação milionária, aproximadamente R$ 30 milhões, do bairro Jardim Liberdade, em Cuiabá. O processo foi cadastrado na Justiça de Mato Grosso no dia 15 de outubro.

O caso versa sobre a quarta fase da Sodoma. Nela, a Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz), da Polícia Judiciária Civil, investigou crimes de corrupção praticados contra uma organização criminosa no Estado de Mato Grosso.

As diligências realizadas evidenciaram que o pagamento da desapropriação do imóvel conhecido por Jardim Liberdade, localizado nas imediações do Bairro Osmar Cabral, nesta capital, no valor total de R$ 31.715.000,00 à empresa Santorini Empreendimentos Imobiliários Ltda, proprietária do imóvel, se deu pelo propósito específico de desviar dinheiro público do Estado de Mato Grosso em benefício da organização criminosa liderada pelo ex-governador do Estado de Mato Silval da Cunha Barbosa.

De todo o valor pago pelo Estado pela desapropriação, o correspondente a 50%, ou seja, R$ 15.857.000,00 retornaram via empresa SF Assessoria e Organização de Eventos, de Propriedade de Filinto Muller em prol do grupo criminoso.

De acordo com a investigação, a maior parte do dinheiro desviado no montante de R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais) pertencia ao chefe Silval Barbosa, ao passo que o remanescente foi dividido entre os demais participantes, no caso os ex-secretários, Pedro Nadaf, Marcel De Cursi (ex-secretário de fazenda), Arnaldo Alves de Souza Neto (ex-secretário de Planejamento), Afonso Dalberto e o procurador aposentado Chico Lima.

O outro lado:

O advogado de Alan Malouf, Huendel Rolim, emitiu nota ao Olhar Jurídico. Segue abaixo:

1. Alan Malouf não tinha ciência da origem dos valores tomados junto aos ex-secretários Pedro Nadaf e Arnaldo Alves;

2. O empresário vem colaborando com as autoridades, tanto que compareceu espontaneamente para narrar os fatos da forma como se deram, efetivamente;

3. A defesa ainda informa que o empresário já apresentou junto ao Juízo da Sétima Vara Criminal, uma garantia real dos valores tomados a título de empréstimo;

4. As demais questões postas, serão enfrentadas em sua defesa, no decorrer da ação penal;

5. Ressaltamos que a atividade empresarial de Alan Malouf sempre foi direcionada à iniciativa privada, não tendo contratos licitados com a gestão dos Governos passados, inclusive o atual;

6. Vale salientar que é de total interesse do empresário que os fatos sejam esclarecidos e, por isso, reitera que continuará à disposição das autoridades para quaisquer esclarecimentos, confiando plenamente na Justiça.

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